Apesar de inúmeros avanços sociais, o bullying infelizmente ainda se faz presente em salas de aula do mundo inteiro.
Mesmo durante a pandemia causada pela COVID-19, alunos relataram algum ataque, seja nas redes sociais ou salas de aula virtual.
De acordo com o Dr Jairo Bouer, 188 mil jovens alegam ter sofrido algum ataque, ameaça, humilhação ou ofensa online – o que caracteriza o cyberbullying.
E mais de 20% dos estudantes alegam ter sofrido algum tipo de bullying durante sua vida estudantil;
Com o retorno das aulas presenciais, os professores precisam ter atenção redobrada em observar os indícios fornecidos pelos alunos para identificar se ele está sofrendo algum bullying, moral ou físico.
Muitos não conseguem demonstrar, ou buscar ajuda, quando passam por algum tipo de perseguição, intimidação, assédio, ameaça, provocação, implicância, humilhação, zombaria, e até mesmo molestação.
Tais acontecimentos quando não tratados a tempo podem trazer consequências negativas para a vida das vítimas, deixando marcas que implicam até mesmo em suas vidas adultas.
Buscando ajudar professores de todo o Brasil a identificar os sinais de que seu estudante está sofrendo bullying, preparamos este artigo completo.
Confia-o abaixo!
Muito se escuta a palavra bullying, mas afinal, o que ela significa na prática?
Essa palavra, que tem origem inglesa diz respeito a atos de agressão, humilhação, intimidação, seja ela verbal, física ou ambas, contra um individuo ou grupo de indivíduos.
Normalmente esta prática não ocorre apenas uma vez, e a vítima é perseguida por um “valentão” ou bully, caso prefira o termo em sua língua materna.
A vítima do bullying geralmente é humilhada, ganha um apelido desagradável, são intimidadas, sofrem agressões físicas, verbais, dependendo de suas características físicas, sexualidade, roupas e forma de se expressar.
É importante se atentar que existem diferentes formas que os alunos praticam o bullying, muitas vezes somente um estudante realiza as agressões, enquanto outros apenas o incentivam, apoiam e observam.
A depender da gravidade e da duração que uma pessoa sofreu bullying, suas consequências podem ser permanentes.
O bullying é um assunto muito sério e é preciso que o aluno receba ajuda psicopedagoga e psiquiátrica para que possa resolver essa questão com profissionais qualificados.
Um estudante que sofre bullying pode desenvolver diferentes problemas psicológicos, como:
As humilhações e agressões podem desencadear uma série de sentimentos negativos na pessoa, aumentando a chance de desenvolver problemas psicológicos graves como a ansiedade e síndrome do pânico.
Muitas vezes, a vítima do bullying sofre críticas em relação a sua aparência, jeito de falar, roupas e orientações.
Ao ser criticado constantemente, a pessoa acaba criando uma falsa imagem de si mesma e começa a não gostar de sua aparência e de questionar suas capacidades.
O isolamento social é uma tentativa de escape, ao se isolar e evitar de conviver com outras pessoas, a vítima do bullying se sente mais segura.
Esta questão pode acarretar diversos outros problemas, como o baixo rendimento escolar e a solidão.
Em últimas instâncias, quando uma pessoa vítima de bullying não consegue a ajuda necessária e está sofrendo muito com a situação, ela pode tentar tirar a própria vida.
Geralmente o bullying não começa de forma extrema e com agressões físicas. Seu início pode se dar com um apelido desagradável ou insultos, e se escalar à medida em que o tempo passa.
É importante lembrar que o bullying, muitas vezes, não é claro, ele pode acontecer de maneiras sutis, como o furto de um material escolar ou a exclusão de uma festinha.
Sempre observe as indiretas e os sinais fornecidos pelos alunos.
Um estudante que sofre bullying pode apresentar:
• Arranhões, cortes e roxos sem explicações como quedas durante a educação física;
• Roupas sujas e rasgadas;
• Redução do apetite;
• Falta de desejo de sair da sala de aula durante o recreio;
• Redução do desenvolvimento escolar;
• Semblantes tristes ou choros repentinos;
• Materiais escolares estragados, sumidos ou deteriorados;
• Faltas constantes.
Esses são algumas dos sintomas que um aluno que está sofrendo bullying pode apresentar, todavia, é importante também observar sua interação com seus colegas e como ele é tratado durante as aulas.
Combater o bullying é um processo que deve envolver todos os funcionários, professores, diretor e alunos da escola.
Algumas boas práticas para combater o bullying em sua escola são:
• Incentivar os alunos a denunciar o bullying;
• Oferecer aos alunos acompanhamento terapêutico para que eles possam desabafar em um ambiente em que se sintam seguros e confortáveis;
• Conversar com os pais e verificar se o aluno está agindo de forma diferente do usual;
• Promover eventos que incentivem a diversidade e o apoio ao outro;
• Evitar de construir competições estudantis que promovam o ego e a liderança rude.
É valioso alertar que o combate ao bullying é obrigatório por lei e é dever de todo professor e corpo docente garantir a segurança e bem-estar dos alunos.
O bullying está presente em todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas. Ele também pode ocorrer de maneira online, e ganha o nome de cyberbullying.
A vítima destes ataques pode sofrer traumas permanentes e ter seu desenvolvimento completamente prejudicado caso não receba os cuidados necessários.
É obrigação da escola e dos professores se atentar a possíveis práticas de bullying e tomar as medidas para acabar com essas ações.