Você consegue imaginar sua vida sem internet? Quanto tempo você é capaz de ficar sem checar uma rede social, fazer uma pesquisa online, ler um e-mail, dentre tantos outros hábitos que os meios digitais dispõem? Algumas pessoas podem ficar desconectadas tranquilamente, mas para a grande maioria tornou-se uma necessidade manter-se online. Parece exagero, porém não é difícil perceber essa máxima, tanto que surgiu um termo próprio para definir todos esses cenários: a cibercultura.
Provavelmente você já deve ter ouvido falar nesse termo, justamente por isso está lendo nosso artigo para aprender mais sobre ele. Mas, de forma abrangente e detalhada, você sabe o que é cibercultura e sua importância para a sociedade? Embora perceptível, há muitos aspectos que caracterizam esse segmento estudado por diversos especialistas no mundo inteiro.
Sendo assim, para aprimorar sua ótica sobre o tema, é interessante considerar boas fontes de informação dispostas em um curso cibercultura completo, como o que oferecemos aqui no Educamundo. Nosso setor pedagógico exclusivo preparou o Curso Online Cibercultura para esclarecer todas as questões sobre o tema e garantir um aprendizado impecável.
A partir desse conteúdo e de outros cursos online com certificado complementares, este artigo mostra um pouco sobre cibercultura e seus principais conceitos para você se familiarizar. Pode ter certeza que será bem proveitoso conhecer melhor essa pauta e identificar várias situações presentes em nosso "cotidiano conectado".
Primeiramente, é necessário definir o que é cibercultura e seus preceitos gerais. O termo por si só já diz muita coisa, na junção de ciber (ciberespaço/cibernética) com cultura – o conjunto de comportamentos empregados socialmente, que são aprendidos conforme a vivência em determinado meio e grupo. Tudo que começa a fazer parte ativamente da vida cotidiana de cada indivíduo torna-se um aspecto cultural, principalmente quando se trata de formas de comunicação.
O aprimoramento desses hábitos é vivenciado atualmente por meio de todo o universo digital. Enquanto cibernética é uma ciência voltada basicamente ao controle, organização e transmissão da informação por meio da tecnologia, a ideia de ciberespaço provém dessa grande rede de comunicação online, definida pelo autor Pierre Levy como "o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores, bem como o universo oceânico de informações que abriga e as pessoas que navegam e alimentam esse universo".
Nesse contexto, a união desses termos consiste nessa área que se tornou objeto de estudo de vários especialistas. Logo, a cibercultura é vista como “o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”.
Levy afirma também que a cibercultura é formada por uma série de fragmentos essenciais para sua compreensão: comunicação digital, interconexão de mensagens, criação e inteligência coletiva, comunidades virtuais, rede digital, ensino aberto a distância, aprendizagem cooperativa, entre outros.
Sendo assim, a cibercultura inclui todos os estudos acerca desses fenômenos, desde a comunicação em rede e o acesso à informação até a indústria cultural na era da internet, a identidade e privacidade aplicada a esse conceito e todos os hábitos em si. Para Jorge Gonzalez, outro especialista no assunto, todos esses fatores se relacionam e são parte da evolução da aldeia global: o mundo interligado, globalizado e totalmente conectado já proposto tempos atrás pelo filósofo Herbert Marshall McLuhan.
Embora os primeiros estudos tenham se destacado em meados das décadas de 1970 e 1980, muitos especialistas acreditam que a cibercultura se originou desde a ligação de informática e cibernética, já nos anos 50. Com o acesso massivo ao computador e, mais tarde, à internet, a cibercultura ascendeu totalmente, levando à criação de muitas teorias e quatro linhas de análise principais, detalhadas em nosso curso online relativo:
A parte introdutória abriga tantas concepções e análises que podem ser esclarecidas detalhadamente em um curso de cibercultura. Apresentamos algumas definições que você pode se familiarizar e estudar com mais afinco em nosso curso online correlato. Trata-se de um tema interessante e pertinente para campos como sociologia, tecnologia e comunicação.
“O mundo virtual, no sentido amplo, é um universo de possíveis, calculáveis a partir de um modelo digital. Ao interagir com o mundo virtual, os usuários o exploram e o atualizam simultaneamente. Quando as interações podem enriquecer ou modificar o modelo, o mundo virtual torna-se um vetor de inteligência e um espaço de criação coletiva”.
Esse é o conceito fundamental do mundo virtual proposto por Lévy, uma realidade atual e cotidiana formada por uma série de linguagens e gêneros digitais. Esses recursos tornaram muitos métodos tradicionais arcaicos e ascendeu novos meios ligados, sobretudo, à comunicação. A internet contribuiu também para a convergência e modificação de muitos campos e veículos tradicionais – cinema, TV, rádio, telefone, fotografia, para citar os principais –, temática salientada desde os estudos sobre o impacto da indústria cultural no mundo moderno.
Podemos utilizar esse sentido de convergência para destacar as modificações na linguagem propostas pela cibercultura e toda sua conectividade. Embora as cartas tenham sido substituídas pelo e-mail, o telefone pelas mensagens de voz/texto e a foto pela imagem digital, é interessante afirmar que a "essencialidade" permanece, ou seja, a estrutura de criação e compartilhamento desses recursos.
Por outro lado, não dá para deixar de lado as mudanças que tornaram esses conceitos aprimorados, tanto pelos recursos tecnológicos, pela interação direta, em tempo real e até na facilidade de produção, acessibilidade e envio de informações. Todo esse hibridismo é um ponto forte de análise da cibercultura, e podemos percebê-lo sempre em nosso redor: a relação das pessoas com o smartphone, por exemplo, que em muitos casos já se tornou uma total dependência, bem mais que uma necessidade.
Interessante, essa pauta, não acha? Entenda melhor tanto no Curso Online Cibercultura quanto em outros cursos a distância relacionados à comunicação e linguagem.
A apresentação de uma mesma narrativa em diferentes plataformas define basicamente a transmídia, que já existe mesmo antes do advento da cibercultura – da presença de um produto no cinema e num livro, de uma mesma criação voltada especificamente ao rádio e direcionada de outro modo à TV, etc.
Já em termos atuais, a transmídia é definida também como uma resposta à convergência das mídias, uma nova estética que surge a partir de toda essa interligação – proposta, sobretudo, por Henri Jenkins, autor do livro "Cultura da Convergência". Se antes as mídias e seus produtos estavam separados, cada qual em sua redoma, hoje em dia a convergência contribuiu para que uma mesma plataforma juntasse todos esses recursos – um prato cheio para a publicidade, por exemplo.
Diferentes nuances de um mesmo produto/criação são amplamente divulgadas em múltiplos canais, voltadas especialmente para suas características – do público à linguagem, do consumo da informação à disponibilidade. Um filme, por exemplo, pode ser lançado no cinema, porém também ser direcionado a meios como a TV, às plataformas digitais (como o YouTube) e outras campanhas interativas que visam sua promoção, como um evento, por exemplo.
Tudo isso pode ser acessado via smartphone ou qualquer dispositivo conectado à internet, o que define a convergência midiática atual, também evidenciada por Jenkins em sua obra – algo como o desenvolvimento e o progresso da transmídia.
Fique atento: essa pauta tem muita relação com nosso tema principal e está disposto amplamente no curso cibercultura do Educamundo. Não deixe esse curso online de lado, estude todos os módulos e aumente seus conhecimentos para se dar bem em avaliações, trabalhos, teses e demais trabalhos.
A cibercultura contribui para a transformação de muitos hábitos e processos sociais, desde a linguagem até segmentos voltados ao interesse público. A participação popular frente a assuntos primordiais para a mudança de vários cenários torna-se cada vez mais efetiva, o que nos leva a destacar o papel da política e da cidadania em tempos de internet.
O acesso facilitado à informação e, mais do que isso, à produção e divulgação desses dados, colaborou positivamente em muitos aspectos, porém ainda é prejudicial em outros. A democratização de ideias e pontos de vista é algo a celebrar, mas a ampla transmissão de mensagens falsas, discursos de ódio e sensacionalismo são problemas latentes vistos em grande parte nas redes sociais.
Para o especialista Yochai Benckler, quando se trata de cidadania e política, o novo ambiente digital contribui para uma maior colaboração entre indivíduos que antes estavam distantes - principalmente na cooperação e na possibilidade de escolher em quais projetos desejam se engajar. Esses cenários são capazes de aumentar o acesso e o impacto das pessoas em muitas questões voltadas ao interesse coletivo, na discussão de ideias, na pesquisa de novos métodos e na geração de conteúdos que contribuam para a melhoria de vários âmbitos.
Por outro lado, o autor também problematiza essas circunstâncias, revelando que suas fragilidades surgem quando pensamos em fatores como a falta de acesso e baixa inclusão digital para muitos grupos e regiões emergentes, o que ainda "monopoliza" algumas ferramentas. Por mais que muitas pessoas descubram todo o poder do universo digital e suas mídias, ainda é difícil sua utilização e o pleno domínio. Quando pensamos em cidadania e políticas públicas, fatores que dependem de uma boa organização, comprometimento e persistência, esse quadro é ainda mais alarmante.
Malcolm Gladwell vai além nessa discussão e alega que, embora as manifestações via internet e redes sociais facilitam as expressões de pensamento e ideias, o "ativismo de clique" não apresenta um impacto tão forte no mundo real, justamente porque apresentam vínculos frágeis e relações que tendem a criar motivação, mas ainda são poucos praticadas realmente. O autor cita até o movimento Anonymous, considerado até de alto risco em aspectos políticos, porém com fracos vínculos formais e sustentação apenas na “crença pela causa”.
Com essas teorias, entendemos que a cibercultura aplicada à cidadania e política é e ainda será tema de uma série de discussões, pontuada pelas mudanças sociais e o crescimento latente do universo digital. Além dos especialistas citados, há ainda mais teses que podem ser exploradas. Citamos outras em nossos cursos online com certificado referentes à comunicação social e outros cursos online da área de sociologia.
O avanço do universo digital e da tecnologia na cultura humana abre espaço para debates sobre liberdade e as restrições encontradas no uso dos aparatos da rede. Afinal, qual o limite para a opinião e até que ponto vai essa autonomia em falar sobre tudo e todos? Como criadores e editores de conteúdo, as pessoas devem seguir regras?
Obviamente, esse é um tema discutido por muitos órgãos, sobretudo as Nações Unidas, no âmbito que refere-se aos direitos humanos e a liberdade de expressão, tanto que foi criada, em 2011, a Declaração Conjunta sobre Liberdade de Expressão e Internet.
Segundo o documento, a liberdade de expressão se aplica à internet de forma semelhante a todos os meios de comunicação e não deve sofrer censura ou restrições desde que obedeçam as normas estabelecidas. Além disso, a declaração aborda conceitos como a neutralidade da rede, o acesso à internet, as responsabilidades penais e civis, filtros e bloqueios e responsabilidades dos servidores – pautas presentes em alguns cursos a distância voltados ao Direito e ética.
Por outro lado, o controle e até a censura de conteúdos online ainda é grande. A própria UNESCO revela em um artigo que essas ações são prejudiciais à transparência na rede e ao seu fluxo de informação, sobretudo no que se refere à comunicação aplicada ao jornalismo. Embora o pluralismo e a independência tenham crescido, em muitas regiões a liberdade de imprensa ainda enfrenta dificuldades, sobretudo aquelas que passam por crises e transições políticas.
Segundo o último relatório sobre a liberdade na web, divulgado pela Freedom House, os governos ainda tentam censurar informações de interesse geral e pressionam o setor privado para remover conteúdos incômodos – no que se refere, em grande parte, a críticas voltadas a quem está no poder, ao exército e similares.
Para evitar as penalizações, muitos usuários e grupos tentam driblar a censura e pensar em métodos mais apurados de promover o ciberativismo. De acordo com o estudo, embora haja dificuldades, são vistos bons parâmetros em muitos casos, principalmente no contexto inclusivo, de mídias independentes e transmissão de informações até então desconhecidas, que são capazes de abrir a mente da população em massa.
Neste tópico percebemos o quanto os assuntos relacionados à cibercultura são infinitos e rendem muitas análises. Não é à toa que, para entendê-la completamente, é necessário recorrer a um bom curso online correlato e materiais de qualidade. Ao investir nos cursos online do Educamundo, você tem a disposição uma variedade de fontes excelentes para um estudo completo, dinâmico e primoroso.
Desvendar o que é cibercultura depende de muita dedicação e exemplos esclarecedores, afinal, esse segmento abraça uma diversidade de conceitos essenciais aos nossos costumes. Da indústria cultural à política, da educação na era digital à comunicação, são muitas abordagens pertinentes e fundamentais para o aluno que deseja aprimorar seus conhecimentos neste tema.
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