Contabilidade de custos é um campo das Ciências Contábeis que atua junto à gerencia no levantamento de informações que auxiliarão nas tomadas de decisões e planejamentos quanto aos custos de produção e estabelecimento de metas de vendas.
As empresas nacionais têm encarado panoramas bastante desafiadores nos últimos anos. O aumento da competitividade, resultado da globalização e do próprio cenário macroeconômico e político brasileiro, agitou a classe empresarial. Mais do que nunca, empresas precisaram encontrar maneiras de aumentar a produtividade e utilizar de forma mais adequada seus recursos para atingir melhores resultados e se tornarem organizações mais eficientes.
Nesse contexto, qualquer empresa que queira ter uma gestão melhor deve considerar como fundamental conhecer os valores envolvidos nos produtos ou serviços que oferece. Para tal, existe a contabilidade de custos, a área das ciências contábeis que faz a identificação e mensuração de todos os custos gerados pelo negócio.
Saber o que é contabilidade de custos é ter uma estratégia que ajude a orientar o controle financeiro corporativo e a tomada de decisões. Além disso, ela ajuda a identificar quais as alternativas mais viáveis para fazer o negócio deslanchar.
Para que você fique mais por dentro do que se trata, elaboramos este artigo com alguns conceitos e aspectos gerais a respeito dessa área que trabalha com custos de produção industrial, de estoque e de prestação de serviços. Cada assunto tratado aqui faz parte do curso online Contabilidade de Custos, uma das melhores opções em cursos a distância do portal Educamundo.
Além de ampliar a sua visão sobre o objetivo da contabilidade de custos e a sua importância para os empreendimentos, este artigo também lhe dará dicas bem legais sobre outros cursos online com certificado relacionados ao tema.
Tenha em mente que se capacitar, atualizar ou aperfeiçoar constantemente, tanto em sua área quanto em áreas correlatas ou de interesse, valoriza o seu currículo e aumenta suas oportunidades no mercado de trabalho. Portanto, cada curso online que você faz significa mais um passo em direção a uma carreira profissional de sucesso.
O primeiro conceito de nosso curso de contabilidade online define o que é contabilidade de custos: trata-se da parte da Contabilidade que lida com todos os gastos gerados na produção de bens ou de serviços.
Atribui-se o seu surgimento ao evento da Revolução Industrial, quando o aumento de indústrias demandou um controle mais apurado de gastos e custos. Depois do século XX, teve um desenvolvimento significativo, deixou o papel de apoio da contabilidade geral e passou a ser vista sob um enfoque gerencial.
A evolução da contabilidade de custos foi moldada nas últimas décadas principalmente por causa de um panorama que inclui:
Aumento na produção de bens e serviços;
Desaparecimento das fronteiras comerciais;
Fortalecimento de relações comerciais e financeiras internacionalmente;
Avanço dos meios de comunicação e da tecnologia;
Crescimento da concorrência econômica, assim como do nível de competição;
Chegada de transnacionais e multinacionais; entre outras.
Com relação a seu campo de aplicação, ela abrange quatro tipos de empreendimentos:
1. Indústria: onde determina o custo de produtos vendidos e o estoque de produtos em fabricação, acabados e de insumos.
2. Comércio: determina o custo de mercadorias vendidas, assim como seu estoque, e também o que tem estocado de bens que não são destinados à venda.
3. Prestadoras de serviços: indica o custo dos serviços vendidos e o estoque dos que estão em andamento. Também apura o custo de todo material adquirido e que não foi incorporado ao serviço que está em andamento.
4. Empresas extrativistas de produção primária: apura os custos dos produtos explorados e o estoque de produção primária e de materiais que não foram usados na produção primária ou na extração.
Ao fazer um curso de contabilidade online, o cursista se depara com alguns termos que, a princípio, soam parecidos, mas que na contabilidade de custos representam coisas distintas - como desembolso, gasto e despesa. Além desses, trazemos outras terminologias que fazem parte do escopo da contabilidade de custos e que você precisa conhecer.
Gasto - é todo valor utilizado pela empresa para adquirir um serviço ou produto. Exemplo: gastos com pessoal, com mercadorias etc.
Custo - é o gasto que ocorre em um bem ou serviço que depois é utilizado para produzir outros bens ou serviços. Se refere também ao que vai ser revendido com lucro. Exemplos: matéria-prima, energia elétrica, mercadorias etc.
Despesa - é o gasto em um bem ou serviço sobre o qual não se obtém receita. Exemplos: despesas financeiras, pagamentos de comissões etc.
Investimento – gasto realizado em bens, direitos ou serviços que representam benefícios futuros. Exemplos: ações, maquinário e outros.
Desembolso – pagamento que se faz ao adquirir um bem ou serviço.
Perda – bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária. Exemplo: deterioração de produtos perecíveis.
Alocar e apropriar – significa identificar os gastos e fazer a distribuição de recursos a um fim específico ou a um determinado produto. Quando for relacionado à acumulação de gastos em um centro de custo, podem significar somar ou agregar.
Custeio - técnica utilizada para se obter o custo de um produto, serviço etc.
Objeto de custeio – é item sobre o qual se aplica a técnica e para o qual são atribuídos os custos. Podem ser produtos, departamentos, atividades, processos e outros.
Ao longo do curso de contabilidade de custos você aprenderá muitos outros termos técnicos que, aos poucos, conseguirá incorporar ao seu vocabulário. Lembrando que é essencial que os conheça, pois uma simples dúvida com relação à terminologia pode significar muito em provas de concursos e processos seletivos, por exemplo.
Dica: o curso de contabilidade de custos e outros cursos online relacionados são excelentes fontes de estudo e pesquisa aos profissionais que vão prestar o Exame de Suficiência Contábil.
Os custos podem ser classificados de acordo com vários critérios, sendo dois os principais:
♦ Os que estão relacionados ao produto: custos diretos e indiretos
Diretos: estão relacionados direto com o produto, como a matéria-prima e a mão de obra dos funcionários, entre outros.
Indiretos: são alocados ao produto por meio da técnica de alocação de custo chamada de rateio. Como exemplo temos a energia elétrica, o aluguel, seguro e outros.
♦ Os que estão relacionados ao volume de produção: custos fixos e variáveis
Fixos: são os que têm os mesmos valores, independentemente do volume de produção da companhia. O aluguel da fábrica é um exemplo de custo fixo.
Variáveis: esses têm valores alterados conforme o volume de produção da fábrica, eles aumentam conforme aumenta a produção. Gastos com horas extras e matéria-prima utilizada são exemplos.
Semivariáveis: variam conforme o nível produzido, mas têm uma parcela fixa mesmo que não haja produção. Como exemplo temos o gasto com combustível para a caldeira, pois mesmo que nada seja produzido, a caldeira não pode esfriar.
Semifixos: eles são fixos em um determinado nível de produção, mas se houver uma mudança nessa faixa, eles variam. São normalmente custos adicionais, como mão de obra terceirizada em determinado período. Podem ser sazonais – no final do ano, por exemplo, uma fábrica de brinquedos pode ter que contratar mão de obra para dar conta da demanda na produção. São conhecidos também como Custos por Degraus.
Tenha sempre em mente que:
Custos diretos → SÃO SEMPRE → Custos variáveis
Custos indiretos → PODEM SER → Custos fixos ou custos variáveis
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Seguindo na parte de nosso curso de contabilidade de custos que trata de conceitos, chegou a hora de conhecermos os elementos que compõem um custo. Veja um pouco sobre cada um deles e suas subdivisões.
Materiais (MAT)
- Matéria-prima: substância em estado bruto, utilizada na fabricação de um produto.
- Materiais secundários: fazem parte da composição de um produto, podem complementar a matéria-prima ou dar o acabamento necessário.
- Materiais auxiliares: são todos os que não entram na composição de um produto, mesmo que necessários. Exemplo: pincéis e lixas em uma fábrica de móveis de madeira.
- Materiais de embalagem: são todos os materiais destinados a embalar os produtos antes deles saírem da área de produção.
Esses materiais que integram fisicamente o produto são chamados de materiais diretos.
Mão de obra (MOD)
É qualquer esforço que se aplica durante a fabricação dos produtos. Abrange gastos com salários e encargos sociais, além de benefícios.
Custos indiretos de produção (CIF)
São os custos não visíveis no produto, mas que fazem parte do processo de fabricação. Aluguel, energia elétrica, depreciação de máquinas e tudo que não se encaixa nas demais categorias (MAT e MOD).
- Materiais indiretos: são materiais utilizados no processo de produção, mas que não integram diretamente o produto e seu consumo não é quantificado, por exemplo: colas, pregos, vernizes etc.
- Mão de obra indireta: são as funções de suporte à produção, como vigilância, supervisão, manutenção, limpeza e outras.
ICMS e IPI: O Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidem sobre a matéria-prima, mas é preciso estar bem atento a eles, uma vez que sendo pagos pelo consumidor final, não podem ser bitributados. Explicando melhor: ao comprar a matéria-prima, os valores pagos em ICMS e IPI não representarão custos, pois ao vender o produto final, eles serão pagos pelos clientes e recuperados pela empresa.
Neste ponto é importante salientar a importância de se acompanhar de forma rigorosa a incidência de outros tributos sobre as vendas e a verificação dos que podem ser recuperados. Há legislações específicas que contemplam possibilidades diferentes com relação à recuperação de tributos, dependendo da opção tributária de cada empresa e fornecedor. As atividades que compreendem esse procedimento estão no conceito de Planejamento Tributário.
Isso nos leva a reforçar a ideia de que cursos online de temas relacionados só têm a somar em termos de conhecimento e peso no currículo. Referente a este aspecto em especifico, o portal tem a opção que se encaixa perfeitamente: o curso online Planejamento Tributário - um dos cursos online com certificado mais conceituados do Educamundo.
Departamentalização: é o critério considerado mais eficaz para que os custos indiretos de fabricação sejam distribuídos racionalmente aos produtos criados.
A departamentalização separa os setores por atividades, buscando mais eficiência e melhorias na lucratividade. Esse processo dá todas as informações necessárias ao acompanhamento de desempenho de cada departamento. Dessa forma, cada custo é relacionado ao seu respectivo gestor, auxiliando na identificação e contabilização dos custos da companhia.
Centros de custos: ao identificar os custos de cada departamento, a associação a eles se faz por meio dos centros de custos. Cada departamento tem um centro de custo e um código numérico que acumula todos os gastos relacionados a ele. O centro de custo é a menor unidade para a vinculação de custos.
Exemplo:
Departamento de produção - centro de custos nº 143023
Departamento de RH – centro de custos nº 143024
Sendo assim, o recrutamento e contratação de novos funcionários gerará custos para o centro de custos nº 143024 e custos de mão de obra direta do produto são atribuídos ao centro nº 143023.
Apuração do custo de matéria-prima: como a matéria prima integra-se ao produto (custo direto), é preciso que se determine a quantidade utilizada na fabricação. Isso pode ser feito por medição, contagem ou cálculos.
Exemplo: de uma chapa de aço de 200 kg foi obtida uma peça de 180 kg. A sobra (20 kg) é resultando do processo produtivo. Se a sobra não puder ser reaproveitada, o custo da matéria-prima será sobre os 200 kg, mas se for reaproveitável, o custo sobre os 20 kg não será alocado ao produto – ou seja, só será alocado o que realmente foi utilizado.
Rateio de custos indiretos: por rateio entende-se a forma em que os custos diretos e indiretos são distribuídos (associados e divididos). Essa distribuição merece bastante atenção, uma vez que o resultado do rateio pode interferir nos resultados da empresa.
Os custos diretos são de fácil identificação e distribuição, mas o mesmo não acontece com os custos indiretos, cuja distribuição se faz por meio de rateio.
Métodos de rateio: há várias formas ou critérios para ratear os custos indiretos. Algumas delas são por:
Unidades produzidas;
Número de funcionários;
Departamentalização;
Consumo de energia elétrica;
Matéria-prima consumida;
Valor da mão de obra direta;
Horas de mão de obra direta;
Horas de uso direto das máquinas.
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