Seja devido à um acidente ou um problema de saúde primário, o tratamento de feridas e curativos é uma constante na vida dos profissionais de saúde, com destaque para a área de Enfermagem. Cerca de 80% dos curativos realizados em ambiente hospitalar possuem atendimento primário, ou seja, são realizados em caráter imediato, nos ambulatórios.
Para tanto, estes profissionais necessitam de total embasamento técnico e teórico - conhecimentos estes que podem ser obtidos através de cursos online relacionados ao tema, como o Curso Online Cuidados Aplicados às Feridas, um dos muitos disponibilizados pelo Educamundo. A escolha de um tratamento ou curativo de forma errônea pode prolongar o processo de cicatrização e cura do problema, gerando ainda mais transtornos para o paciente.
Para oferecer os melhores cuidados, cabe aos profissionais investirem em qualificação profissional, seja através de cursos a distância, palestras, workshops ou outras modalidades de capacitação. Vale lembrar que a total recuperação dos pacientes está atrelada à segurança, experiência e qualificação do profissional da área da saúde.
Visando elucidar estas questões e trazer informações valiosas relacionadas ao tratamento de feridas e curativos, elaboramos este guia mais do que especial. Temos certeza que ao final da leitura os seus conhecimentos sobre feridas e curativos estarão bem mais atualizados. Vamos lá?
Você sabia que a pele é o maior órgão do corpo humano, correspondendo a cerca de 15% do total do peso corporal? Além disso, possui 5 importantes funções: trata-se de uma proteção, como se fosse uma barreira física; caracteriza a sensibilidade, possibilitando a sensação de frio, calor, dor e pressão; tem funções termorreguladoras como sudorese, vasoconstrição e vasodilatação; age no metabolismo, sintetizando a vitamina D e a formação óssea; atua como excretora de água e eletrólitos e caracteriza a imagem corporal, a partir do detalhamento da aparência física.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a pele é composta por três diferentes camadas:
Epiderme: camada mais externa da pele – a que pode ser vista a olho nu - cuja espessura sofre alterações de acordo com a idade e o sexo, e ao longo da vida. Esta camada também é responsável pela origem dos chamados "anexos da pele", como unhas, pelos, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas. Seu período de regeneração é de aproximadamente 4 semanas.
Derme: formada por formada por fibras de colágeno, elastina e gel coloidal, a derme é a camada intermediária, responsável pela tonicidade, elasticidade e equilíbrio da pele. Pode ser tratada como uma camada isolante, já que protege o corpo humano do frio e do calor exagerado.
Hipoderme: terceira e última camada da pele, a hipoderme une as duas outras camadas ao corpo humano. Sua composição é restrita basicamente à gorduras, tendo como principal função a manutenção da temperatura corporal e acúmulo de energia direcionada às funções biológicas.
Dominar tais definições é indispensável para quem busca por qualificação profissional na área de Enfermagem, além de conhecimentos sobre tipos de feridas, curtaivos e tratamentos. Vale dizer que os cursos online com certificado são boas ferramentas para estudar o assunto, uma vez que disponibilizam materiais atualizados e relevantes.
Agora que você já compreendeu sobre a anatomia da pele, vamos falar sobre o tratamento de feridas e curativos? Podemos definir como feridas as interrupções no tecido da pele causadas por um trauma, seja ele químico, físico ou mecânico. Essa extensão pode ser em maiores ou menores proporções, exigindo um cuidado específico de acordo com a dimensão da interrupção. Quando a mesma ferida não apresenta evoluções quanto ao processo de cicatrização ao longo de seis semanas, evolui para a úlcera.
Um dos módulos propostos pelo curso online Cuidados Aplicados às Feridas trata da classificação, bem como dos tipos de feridas. É um assunto bem importante e que não deve faltar no cronograma dos cursos online da área de Enfermagem. Existem várias normativas que tratam da classificação das feridas, podendo ser de acordo com espessura, etiologia, evolução, presença de infecção ou, ainda, pelo comprometimento tecidual.
Existem basicamente dois tipos de feridas: as fechadas e as abertas. As feridas fechadas estão relacionadas, por exemplo, aos hematomas. Já as feridas abertas compreendem as perfurações, incisões e demais traumas que perfuram, de diversas formas, as camadas da pele. Além dos tipos, há uma classificação inferior, que trata das feridas como agudas e crônicas; sendo feridas agudas aquelas resultantes de ações externas (como procedimentos cirúrgicos, traumas físicos, químicos etc.) e as crônicas as que estão diretamente relacionadas às condições de saúde do próprio organismo.
Vale dizer que as feridas crônicas podem estar relacionadas à quadros de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, hanseníase, neoplasias ou problemas neurológicos. Alguns bons exemplos destes tipos de feridas são as úlceras por pressão, a escara e feridas na boca que não cicatrizam após longos períodos.
Para definir qual será o melhor tratamento para a ferida em questão, os enfermeiros, junto á equipe médica, deverão avaliar as condições da lesão, registrando suas observações para que seja possível acompanhar, período a período, a evolução - ou não - do quadro. Os profissionais da área devem estar cientes que a avaliação da ferida deve ser diária, sempre com informações registradas por escrito. A rotina de avaliação também é parte integrante dos cursos online com certificado que abordam a temática feridas e curativos.
A avaliação deve trazer as seguintes informações: a área da pele afetada pela lesão (devem ser observadas a largura e o comprimento da ferida); a condição da pele que circunda a região ferida; o tipo de tecido da lesão (necrosado, granulado etc.); a sensibilidade, tempo, intensidade e tipo da dor; a resposta aos analgésicos; existência de quadros infecciosos; grau de evolução da ferida
Os curativos podem ser definidos como uma maneira de proteger a ferida de possíveis infecções e inflamações, utilizados em prol da cicatrização do local de forma mais breve possível. Além disso, os curativos ajudam a reduzir as dores sentidas pelo paciente e, em contrapartida, mantém o local limpo e higienizado.
A escolha do curativo ideal é realizada de acordo com a localização e com os tipos de feridas. Um paciente com feridas na boca possivelmente não receberá o mesmo tipo de curativo indicado para os pés, por exemplo. Existem dois tipos de curativos fechados: os úmidos e os secos. Especialmente nos curativos fechados – ou oclusivos - há a subdivisão entre curativos úmidos e secos. Enquanto os úmidos - que devem ser trocados preferencialmente a cada 12 horas - são capazes de reduzir e prevenir os processos inflamatórios através da vasoconstrição, além de limpar a superfície, manter sua drenagem e colaborar com a cicatrização, os curativos secos devem ser utilizados em feridas cirúrgicas limpas, como as suturas direta. Neste tipo, a troca dos curativos deve ser diária, até que os pontos da sutura estejam totalmente cicatrizados.
Existem alguns padrões utilizados para a realização de curativos que são constantemente abordados no curso de feridas e curativos. Vale dizer que os padrões não devem ser seguidos de forma aleatória; é preciso analisar tanto os níveis de contaminação do local ferido quanto a função que o curativo irá exercer sob a área afetada. Para aprender como fazer curativo, é preciso dominar estes padrões. Em suma, alguns dos pontos que devem ser observados são os seguintes:
Curativos que utilizam dreno devem estar sempre limpos e secos. Nesta situação, o curativo utilizado no dreno deve ser feito separadamente ao da incisão, tendo prioridade a área mais contaminada. Quanto maior for o volume da drenagem, mais vezes o curativo deverá ser trocado ao longo do dia. Existem algumas especificidades quanto aos curativos de drenagem aberta: nestes casos há a necessidade de oclusão com compressas de gaze e bolsa estéril pelo período mínimo de 72 horas.
Curativos em feridas fechadas devem estar sempre limpos, mantendo-se fechados por pelo menos 24 horas. Depois das 24 horas, as feridas podem ser expostas e receber higienização com água e sabão.
Curativos infeccionados, infectados e contaminadas merecem atenção triplicada. Nestes casos, os curativos devem permanecer fechados, secos e limpos. A limpeza da área deve ser realizada com soro fisiológico, utilizando o PVP-I tópico em conjunto como antisséptico.
Ao realizar um curativo, o profissional responsável deve manter sempre em altos níveis a umidade existente entre a ferida e o curativo utilizado. É necessário remover o excesso de exsudação, que é troca de líquidos orgânicos entre as paredes celulares e membranas; permitir a troca gasosa, que facilita o processo de cicatrização; promover o isolamento térmico, mantendo a temperatura da ferida em torno de 37 graus; ser impermeável e resistente às bactérias, prevenindo possíveis infecções e possibilitar a retirada do curativo sem grandes traumas à pele. Estes são apenas algumas indicações que devem ser observados no ato do procedimento.
Dica: quando falamos em "retirada do curativo sem grandes traumas", nos referimos à quando os curativos aderem à superfície da ferida, o que acarreta na retirada, junto ao curativo, do novo tecido que está se formando no local. Este problema é frequente quando são utilizadas compressas de gazes secas ou, ainda, quando as tramas e linhas a compressa são muito espaçosas, possibilitando o crescimento de novas células e, consequentemente, aderindo-a à pele.
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