Por que a gestão de pessoas no setor público demanda desafios maiores que no ambiente corporativo?
Bem, começa pelo fato de que o quadro de servidores públicos tem uma relação de trabalho diferenciada: estabilidade, benefícios e salários com diferenciação da iniciativa privada.
Caso esteja se perguntando qual a relação, pense no seguinte: como motivar pessoas que têm a garantia de um emprego fixo, que não precisam apresentar resultados financeiros e que estão inseridas em um ambiente organizacional totalmente burocrático?
Pois é, pensando assim parece complicado. No entanto, apesar de as repartições públicas não terem fins lucrativos, elas precisam apresentar resultados por processos. Esses resultados são o bom atendimento ao usuário-cidadão e a qualidade do serviço prestado à população.
Para abordar esse tema e disponibilizar conhecimentos teóricos sobre a área, o Educamundo elaborou o Curso Online Gestão de Pessoas na Administração Pública.
Vamos aprofundar o assunto?
Para apresentar resultados mais precisos e eficientes, as repartições públicas dependem de ter equipes comprometidas, motivadas e bem lideradas, além de um bom clima organizacional.
Nesse cenário entra a gestão de pessoas e o trabalho de um profissional da área de Psicologia aliado ao time de Recursos Humanos.
Sabemos que é extremamente importante que o capital humano do setor desenvolva um bom trabalho independentemente da morosidade de alguns processos.
Aliás, equipes bem geridas mostrarão resultados mais eficientes e a morosidade pode se transformar em processos mais ágeis.
A Psicologia na gestão de pessoas tem esse papel: ajudar o setor de RH a gerir o capital humano das instituições.
O trabalho dessa equipe é de reconhecer lideranças capazes de motivar seu setor, promover treinamento e desenvolvimento adequado – e necessário na esfera pública tanto quanto na privada – e, principalmente, modernizar as relações de trabalho.
Esse trabalho, apesar de ser um resultado de um novo comportamento nas relações do mundo do trabalho que se fortaleceu nos anos 90, tem suas raízes no início do século 20.
A gestão de pessoas tem parte de suas bases teóricas desde a década de 30, sob o surgimento da Escola de Relações Humanas, sob influência de Elton Mayo.
A partir disso ganhou reforços com o laboratório de Hugo Münsterberg, que tinha o objetivo conseguir o melhor homem possível para o melhor trabalho e o melhor resultado possível. Esse processo deu início ao que conhecemos como Psicologia Aplicada.
Outra contribuição na área de relações humanas foi dada por Douglas McGregor, no final dos anos 50, por meio das teorias x e y, que representavam comportamentos distintos de trabalhadores e, segundo sua teoria, o estilo de administração dependem das visões que os administradores têm do comportamento das pessoas na esfera da produção/serviços.
Tanto Mayo quanto Münsterberg eram psicólogos. McGregor era economista, mas um dos pensadores mais influentes na área de relações humanas.
No entanto, apesar de a valorização do capital humano ter antigas raízes, só foi realmente reconhecida no início do século 21, em que a tendência nos ambientes organizacionais começou a ser a de valorizar os recursos humanos, pois deles depende todo o resto.
Na Administração Pública, por seu caráter diferenciado, começou mais tarde e ainda é algo que vem sendo implementado.
Não é fácil medir um clima organizacional, pois é algo intangível. No entanto, se pode medir os níveis de satisfação/insatisfação, comprometimento/não comprometimento e produtividade/não produtividade (entre outros) dos colaboradores.
Os resultados podem mostrar se a organização tem um clima organizacional bom, satisfatório ou negativo.
No setor público isso refletirá diretamente na prestação de serviços à população. E sabemos disso, principalmente, porque o serviço público carrega uma fama de “não prestar um bom atendimento”, por exemplo.
No entanto – e totalmente imparcial – temos que considerar que é um trabalho bem mais desgastante que no meio corporativo.
Em termos práticos: clínica médica particular gerencia seus horários e atendimentos e diz ao cliente que não tem mais horário para determinado período e ele entende isso. Em um posto de saúde, por exemplo, a situação é outra. Um cidadão que precisa de atendimento e não consegue, geralmente culpa o atendente e o sistema em geral. Nesse momento, a pessoa que lhe atendeu prestou um “mau atendimento”.
Situações assim acabam minando o bem-estar do colaborador. Por isso, é importante ele ter uma boa equipe de apoio, que lhe dê a motivação necessária e se preocupe com seu bem-estar.
Cabe aos líderes criarem isso e garantirem o bom clima organizacional, pois ele é resultado da percepção do funcionário em relação ao seu local de trabalho. Se ele tem um bom ambiente de trabalho, devolverá isso em forma de produtividade, comprometimento etc.
Uma das formas de medir o clima organizacional é pela avaliação de desempenho do funcionário. A produtividade de cada um pode dizer muito sobre o ambiente da organização. Mas como fazer isso?
O primeiro passo para uma avaliação de desempenho é criar os indicadores. Seis etapas definem esse processo:
identificar o que medir
como medir
coletar as informações
medir
analisar os dados
comunicar o resultado
As informações obtidas por meio da avaliação são bastante úteis para que o setor foque na melhoria dos resultados de gestão. Para isso, se aconselha que os índices sejam construídos no conceito dos 6 Es do desempenho: Eficiência, Eficácia, Efetividade, Economicidade, Excelência e Execução. Para cada uma destas dimensões pode ser criado um conjunto de indicadores.
O plano de carreira da Administração Pública prevê treinamento e desenvolvimento dos servidores.
Uma das formas pela qual isso acontece é por meio da licença capacitação. Aqui no Educamundo sabemos da importância dessa demanda e somos comprometidos em criar cursos que atendam às necessidades desse público.
Além de nos comprometermos com cursos online de qualidade e temas relevantes à área, também nos preocupamos em oferecer cargas horárias que atendas às exigências do serviço público: temos opções de 5 até 420 horas.
Assim, o servidor pode, tranquilamente, comprovar as 30 horas semanais de curso durante sua licença.
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