O TDAH é um transtorno que se apresenta em três formas e que atinge mais de 2 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), a maior incidência é em crianças.
Um estudo da Universidade do Pará mapeou dados de 24 estudos de prevalência do TDAH, realizados nos quatro continentes. As pesquisas mostraram que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade era maior em crianças de 3 a 6 anos — média de 25%. No Brasil, 7,6% dos estudantes investigados, de 6 a 17 anos, apresentaram sintomas.
Essas estatísticas mostram a importância da educação inclusiva para ajudar alunos com TDAH. É sobre esse tema que falaremos neste artigo. Quer saber as principais dicas para aplicar em sala de aula? Então, continue a leitura!
TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. É um transtorno neurobiológico de causas genéticas. Seus sintomas são: inquietação, falta de atenção e impulsividade.
Dessa forma, o TDAH não é um transtorno de aprendizagem. Ele atinge uma parte do cérebro e se manifesta com os sintomas que citamos anteriormente. Porém, uma pessoa com o transtorno consegue perfeitamente aprender o que lhe é ensinado.
Algo interessante a se saber é que a criatividade é uma das características de destaque dos alunos com TDAH. Além disso, eles conseguem criar soluções inusitadas e pensar fora da caixa, devido ao funcionamento peculiar do cérebro dessas pessoas.
O TDAH pode atrapalhar na aprendizagem quando os indivíduos não conseguem lidar com o excesso de ideias e pensamentos que passam por suas mentes. Sendo assim, pode haver falta de concentração, ansiedade, reações impulsivas e baixa autoestima.
Entretanto, há técnicas que ajudam esses alunos a absorverem o conteúdo. A seguir, trouxemos as principais dicas para aplicar em sala de aula.
Para conseguir atender às necessidades dos estudantes que precisam lidar com o transtorno, é necessário se reinventar em sala de aula.
Pensando nisso, separamos as principais dicas criativas para ajudar na relação com os alunos com TDAH.
As brincadeiras e os jogos educativos são excelentes para ajudar as crianças a se relacionarem com as outras. Além disso, dão suporte no controle das emoções, das frustrações e da impulsividade.
Veja, a seguir, boas opções de atividades para aplicar em sala:
jogo da memória: é bom para estimular habilidades, como pensamento e a memorização, além de estabelecer o conceito de igual e diferente;
livros para colorir: ajudam a desacelerar a impulsividade e são uma excelente terapia;
quebra-cabeça: desafia a inteligência da criança com TDAH e estimula o pensamento lógico, além de melhorar a concentração;
teatro: trabalha a memorização e a expressão corporal, diminuindo a desatenção e a hiperatividade;
musicalização: ativa áreas cerebrais importantes que ajudam na memorização.
O movimento corporal é de suma importância para crianças com TDAH. Isso porque elas são mais inquietas e não conseguem ficar muito tempo paradas. Assim, as atividades vão diminuir a necessidade de transitarem pela sala.
Bons exemplos são:
brincadeiras como morto-vivo e estátua ajudam na concentração e diminuem sintomas de impulsividade;
pintura, massinha e argila trabalham a capacidade da criança se expressar;
empilhar copos contribui na coordenação motora fina e global.
É de suma importância o professor acompanhar de perto o desenvolvimento da criança em sala. Os alunos com TDAH têm dificuldade em copiar os conteúdos passados, podendo esquecer de anotar ou demorar mais que os outros.
Portanto, com cuidado, peça à criança para mostrar o caderno a cada exercício copiado e dê feedbacks positivos quando estiver tudo certo. Isso vai estimulá-la a sempre fazer o próximo.
Os alunos com TDAH tendem a ser mais desorganizados. Portanto, deixar as crianças cientes de como será o dia, a semana ou o mês vai ajudar a diminuir os impactos dessa característica.
Você pode, por exemplo, escrever no quadro a rotina do dia, criar um calendário de eventos, enviar lembretes, entre outras possibilidades.
As técnicas de silêncio e concentração ajudam o aluno com TDAH a tomar consciência do momento atual e da vida interior.
Uma boa dica é preparar o ambiente para deixá-lo organizado e o mais silencioso possível. Depois, peça para que as crianças prestem atenção à sua volta, como vozes, sons, aromas etc. e, ao fim, que compartilhem o que notaram.
Trabalhar com alunos com TDAH é um desafio para muitos professores. Por isso, criamos um e-book completo sobre o tema: “Maneiras criativas para ajudar alunos com TDAH: 5 estratégias pedagógicas e dicas de atividades educativas”.
Nesse material rico, falamos das melhores táticas para ensinar alunos com TDAH. Além disso, explicamos a necessidade de adotar a estratégia de ensino adequada. Tratamos também da importância de conhecer as características e subdivisões do transtorno e mostramos ideias de atividades para aplicar.
Como vimos, é preciso pensar em técnicas para ajudar alunos com TDAH a driblar os sintomas do transtorno e, consequentemente, aprenderem o conteúdo. Afinal, o TDAH não é um transtorno de aprendizagem, ou seja, uma pessoa com o transtorno consegue aprender.
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