No final de 2018, o Ministério da Educação (MEC) liberou R$ 99 milhões para que neste ano (2019) seja implementada a educação em período integral, no ensino médio. Esse valor será distribuído entre todos os Estados e o Distrito Federal, ficando de fora apenas o Mato Grosso.
Essa verba poderá ser usada para os seguintes fins: remuneração e aperfeiçoamento dos professores e demais profissionais do setor educacional; aquisição e conservação de equipamentos; construção e manutenção de instalações; obtenção de material didático-escolar; preservação de programas de transporte escolar etc. No total, o valor destinado a essa finalidade é de R$ 200 milhões.
O ensino integral pode melhorar significativamente o desempenho dos alunos na escola, isso porque além das disciplinas tradicionais, são acrescentados vários assuntos importantes no dia letivo das crianças. Esses assuntos trabalham desde habilidades importantes para a vida dos alunos, como interação social até o contato com a arte e o esporte.
Mas antes de entender como a educação integral pode beneficiar os alunos, veja abaixo como funciona esse método!
Educação em tempo integral diz respeito às escolas que possuem uma jornada escolar maior do que as tradicionais. Geralmente as escolas que optam por esse modelo de ensino dividem o dia letivo em turno e contraturno.
Durante a primeira parte de um dia letivo os alunos estudam as matérias do currículo básico, por exemplo, português, matemática, biologia etc. Já na segunda parte são ministradas a eles aulas relacionadas às artes e esporte.
A partir do momento em que essa ação for implementada os alunos passam a frequentar a escola 7 horas por dia ao invés de 5 ou 4 horas, como acontece na maioria das escolas. O plano é se inspirar em Estados como Pernambuco, onde a implementações da escola integral tem sido bem-sucedida.
Atualmente o ensino integral chega apenas a 40,1% das escolas pertencentes à rede pública. Se considerarmos apenas o ensino médio a porcentagem é ainda menor, diminuindo para 17,4% o número de escolas que ofertam educação em tempo integral.
O Plano Nacional de Educação (PNE) tem como objetivo disponibilizar a escola pública integral em, no mínimo, 50% da rede. Para chegar a esse número é esperado que em 2024 a educação integral seja ofertada para, pelo menos, 25% dos alunos.
A ampliação da jornada escolar trará inúmeros benefícios para os alunos do ensino médio. Com mais horas disponíveis é possível, por exemplo, implementar várias atividades extracurriculares, como a prática de esportes, aulas de culinária, aulas que envolvam arte (dança, teatro) e até robótica.
A escola integral permite ainda que os alunos desenvolvam projetos interdisciplinares mais complexos, como aplicar os conceitos de física na construção de projetos que podem ser apresentados em feiras de ciências. Também são oferecidas aulas de informática, garantindo que os estudantes aprendam a mexer no computador e utilizá-lo como instrumento de pesquisa e comunicação.
A maioria das atividades extracurriculares são voltadas para áreas artísticas ou esportivas, promovendo aos alunos cultura, lazer e uma prática mais frequente dos esportes.
São atividades que garantem aos alunos um contato maior com a nossa própria história e permitem que eles compreendam a educação com algo além dos exercícios e da teoria aplicada na escola tradicional. Em relação aos esportes, todos sabemos que praticar atividade física faz muito bem à saúde dos estudantes, além de promover o espírito de equipe.
A interação social é outro aspecto trabalhado a partir das atividades extracurriculares, algo tão importante de ser incentivado nessa idade. Isso porque, de acordo com alguns estudos, ao resolverem desafios de forma colaborativa vários pontos importantes para a formação do aluno são estimulados, como o desenvolvimento social e emocional e a criatividade.
Como podemos perceber, os benefícios de inserir a escola integral na rede pública são vários. Nossos alunos poderão se desenvolver muito melhor, pois contarão com atividades além da sala de aula.
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