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  • 29/07/2019

Espécies exóticas invasoras: ameaças e riscos ao meio ambiente e saúde


  • Autor: Equipe Educamundo
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Espécies exóticas invasoras são todas aquelas que estão fora de sua área natural. Elas proliferam sem controle e ameaçam o equilíbrio dos ecossistemas e das espécies nativas, pois passam a transformar o ambiente a seu favor, representando riscos, inclusive, às pessoas.

Você sabe o que são espécies exóticas invasoras e o que elas têm a ver com o desenvolvimento sustentável?

Bem, são espécies animais e vegetais que ocupam espaços fora de seu habitat natural. Normalmente, têm vantagens competitivas naturais e alguns aspectos a seu favor, como a ausência de seus predadores.

Dessa forma, essas espécies começam a se multiplicar e causar problemas aos ecossistemas. O desequilíbrio se dá pela competição com as espécies nativas, por território, alimento e água. O seu impacto pode ser ainda maior, pois muitas vezes elas também se alimentam das espécies nativas.

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Exemplos de espécies exóticas invasoras e impactos que causam

Estima-se que esse seja um dos maiores problemas ambientais e o mais desafiador. Enquanto se consegue, com o tempo, amenizar outros problemas, com as espécies invasoras é mais custoso. Isso porque elas se tornam dominantes e, assim que completam sua adaptação, os impactos negativos se agravam.

Sua invasão promove a disseminação de pragas e doenças, além de prejudicar colheitas, solos, pastagens e de degradar florestas.

Conheça alguns tipos de espécies invasoras:

Mexilhão dourado

O mexilhão dourado é uma espécie aquática de invasor biológico. Chegou ao Brasil por meio da água do lastro de navios de carga. É originário da Ásia e sua entrada ocorreu pela Argentina.

Com relação aos prejuízos causados pelo mexilhão, podemos dizer que:

  • prejudicam a navegação, pois podem comprometer trapiches, motores, estruturas de embarcações e boias;

  • destroem a vegetação aquática;

  • prejudicam a pesca, ao provocarem a diminuição dos moluscos nativos, que servem de alimento aos peixes;

  • entopem dutos e canos de água, irrigação e esgoto;

  • atrapalham o funcionamento das usinas geradoras de energia elétrica.

Pinheiro americano

O pinheiro americano também é uma espécie invasora. Ele se prolifera e cresce muito rápido e em seguida começa a dominar os outros tipos de vegetação da região onde se encontra.

O seu rápido crescimento, por exemplo, faz com que essa espécie vegetal consuma muita água do solo, prejudicando a vegetação do entorno.

Florianópolis, na parte insular, é um exemplo de lugar com milhares de hectares contaminados pela espécie. O problema é que, sob essas árvores nada mais cresce.

Além disso, o pinheiro americano é um tipo de planta que resseca o solo, e pode prejudicar e danificar pequenas nascentes e cursos d’água. No caso da cidade, já existe uma lei que prevê a extinção da espécie até 2022.

Mas em SC o problema não é apenas o pinheiro americano. O estado, sozinho, detém 20% das espécies exóticas invasoras no Brasil.

Animais silvestres

Alguns animais silvestres também encabeçam a lista de problemas ambientais por se estabelecerem fora de seus habitats naturais. Dentre eles estão o javali e o sagui-de-tufos-pretos.

O sagui, além de prejudicar as espécies nativas, ao competir por alimento, representa um grande risco à saúde pública. Você sabia que ele é vetor de doenças contagiosas? Pois é, o primata, apesar de ser fofinho e de despertar empatia, é um grande problema ambiental.

Já os javalis são fortemente nocivos tanto ao meio ambiente quanto à saúde pública. Eles ameaçam a biodiversidade e provocam alterações físicas impactantes nos habitats. Além disso, destroem a agricultura e a pecuária, são vetores e hospedeiros de zoonoses e de doenças. Sua nocividade é tanta que é a única caça permitida no Brasil, com a finalidade de controle populacional da espécie.

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