A escola como mediadora social em um bairro pobre e violento ou um professor de poesia que inspira jovens a desenvolver o senso crítico além da formação tradicional: não é de hoje que o cinema usa o ambiente escolar como pano de fundo para reflexões sociais.
O tema educação já foi e continua sendo explorado em grandes obras da sétima arte, ultrapassando épocas e gêneros. Por isso, queremos falar um pouco sobre esse tema.
O artigo de hoje destaca 13 filmes, que vão da comédia ao drama, abordando situações de vulnerabilidade social, questões étnicas e outros temas relevantes. Veja os títulos que separamos e que servem como ideia para entretenimento e reflexão.
Conhecido por popularizar frases como “Carpe diem” e “Oh Capitão! Meu Capitão!”, esse filme, de 1989, tem Robin Williams no papel principal, como o professor que usa métodos pouco ortodoxos em uma escola de rígidos padrões. O tema reflete os conflitos entre as necessidades e vontades dos jovens de viverem intensamente e a pressão que sofrem por pais e um sistema de ensino rígido e autoritário que tira dos alunos o direito de busca por outras visões de mundo.
O filme trata sobre autoridade, expectativas familiares, suicídio e lealdade, explorados com sensibilidade, humor e uma boa dose de drama. O excelente roteiro e elenco lhe garantiram um Oscar, além de mostrar a sobre a importância da poesia na formação humana.
Jack Black estrela este filme e o resultados já sabemos: muita diversão e confusão. Precisando de dinheiro, assume um lugar como professor substituto em uma prestigiada escola preparatória — vaga que foi oferecida a seu amigo, com quem mora junto.
Depois de testemunhar o talento musical de seus alunos, o personagem de Black forma uma banda com alunos da quinta série do ensino fundamental para vencer a próxima Batalha das Bandas e, com isso, conseguir pagar o seu aluguel. O filme foi um sucesso enorme e se tornou um clássico da cultura pop nos anos 2000.
O sucesso foi tanto que dele resultaram um musical na Broadway, um reencontro dez anos depois e uma série de TV.
Latinos que odeiam asiáticos que odeiam negros e assim por diante, em um ciclo de ódio que se perpetua por gerações. Essa é a turma que Erin Gruwell, interpretada por Hillary Swank, encontra em seu primeiro emprego. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell lança mão de métodos diferentes de ensino.
Além da constante tensão racial, o filme explora a carência de recursos para professores que desejam implementar mudanças, os impactos dos grandes sacrifícios nas relações pessoais e o poder da expressão como ponte para o autoconhecimento e confiança. Baseado em uma história real, essa produção de 2007 mostra na prática que ninguém é incapaz de aprender, mas que, aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerânica e o respeito ao próximo.
Este é um dos filmes que retrata a importância da educação inclusiva. Ele conta a história de Brad Cohen, que queria ser professor, ou, em suas próprias palavras “o professor que ele nunca teve”, mas foi rejeitado por 24 escolas. O motivo: síndrome de Tourette, uma doença que lhe provocava tiques e lhe fazia emitir ruídos involuntariamente desde os seis anos de idade. É um filme emocionante, que retrata o valor da empatia e mostra o que o rapaz fez quando finalmente recebeu a chance de pôr à prova seu potencial.
Esse clássico de 1967, com Sidney Poitier no papel de “mestre”, estabeleceu vários parâmetros para as outras produções com a mesma temática que viriam a seguir, entre eles o conflito étnico, a hostilidade inicial e a abordagem diferenciada. O filme traz reflexões sobre alguns problemas sociais, raciais e outros próprios da fase insegura e muitas vezes angustiosa da adolescência, e mostra como o professor decidiu enfrentar uma classe indisciplinada de alunos e torná-los pessoas melhores.
Outro filme de superação de pessoas com deficiência. O desafio representado pela educação de Helen Keller parecia insuperável. Surda e cega desde os 19 meses de idade, a jovem havia se tornado violenta. Mas Anne Sullivan, também com um histórico de cegueira, enfrentou todas as dificuldades e superou qualquer expectativa, ensinando a Helen primeiro a linguagem de sinais, e mais tarde a falar por meio da leitura labial por tato.
Usando karatê e letras de Bob Dylan, Michelle Pfeiffer é Louanne Johnson, uma ex-militar que promete mudar as vidas de um grupo de jovens de uma comunidade violenta. E para ela, missão dada é missão cumprida. Lançado em 1995, esse filme reflete perfeitamente a época e o local no qual se passa, com a trilha sonora, recheada de hip hop e rap, permanecendo como um ícone daquela geração.
Filme de 2011, retrata a vida de Henry Barthes, um professor de ensino médio, que, apesar de ter o dom nato para se comunicar com os jovens, só dá aulas como substituto, para não criar vinculos com ninguém.
No entanto, tudo muda quando ele é chamado para lecionar em uma escola pública e se encontra em meio aprofessores desmotivados e adolescentes violentos e desencantados com a vida, que só querem encontrar um apoio para substituir seus pais negligentes ou ausentes. Henry torna-se rapidamente num exemplo para os jovens desafeiçoados.
Ao tratar de problemas tão semelhantes aos que vemos acontecer no Brasil e assistimos nos filmes americanos, esse filme francês de 2008 causa uma sensação de universalidade das questões educacionais.
O professor como transmissor de conhecimento, rotinas, castigos e punições, dentre outras abordagens, mostram como a educação evoluiu e ainda precisa evoluir mais, para que o aluno entenda a escola como uma etapa boa da vida e que, ao contrário do filme, saiba o objetivo dele estar ali.
O filme é uma história real de Kimani Maruge Ng’ang’a um queniano que lutou para estudar aos 84 anos. Seu sonho era aprender a ler e escrever, mas foi interrompido ainda jovem, pois foi preso e torturado por lutar pela sua liberdade em seu país. Maruge foi a pessoa mais velha a se matricular em uma escola primária, de acordo com o Guiness Book.
Kevin Carter foi um ex-aluno do Colégio Richmond, ele retorna para a sua antiga escola para colocar o time de basquete em forma. Com um regime autoritário, disciplinado e muitos regramentos, ele está determinado a fazer com que os jovens sejam vencedores tanto na escola quanto nas quadras.
Uma Mente Brilhante é baseado no livro A Beautiful Mind: A Biography of John Forbes Nash Jr., de Sylvia Nasar. O filme conta a história real de John Nash que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade.Brilhante, Nash chegou a ganhar o Prêmio Nobel. Diagnosticado como esquizofrênico
pelos médicos, Nash enfrentou batalhas em sua vida pessoal, lutando até onde pôde. Como contraponto ao seu desequilíbrio está Alicia (Jennifer Connelly), umade suas ex-alunas com quem se casou e teve um filho.
Edward James Olmos é Jaime Escalante, um professor de matemática que dá aula numa escola em East Los Angeles e se recusa a rotular seus alunos do subúrbio como fracassados. Escalante é persuasivo e incentiva 18 garotos que estão lutando com as frações para se tornarem mestres da matemática e enfrentar um de seus maiores desafios: o Exame Nacional de Cálculos Avançados
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