Vítimas de violência sempre puderam contar com órgãos de segurança pública e Justiça para resolver seus problemas. Mas o combate à violência começou a ganhar alguns recortes com o passar do tempo, assim como um destino específico para o enfrentamento desses problemas. A violência doméstica passou a ser observada com mais cuidado. Idosos, crianças e mulheres ganharam um olhar mais atento à sua realidade dentro de suas próprias casas. Entre os casos de violência doméstica, a contra a mulher era, de longe, a que mais tinha registros de ocorrência. Era preciso fazer algo.
As últimas décadas foram de profundo debate e de implementação de leis que regulamentassem a defesa da mulher em casos de violência doméstica, fosse agressão física, violência sexual ou psicológica. Estudos passaram a ser fonte de aquisição de conhecimentos e cursos livres abriram um leque de opções em saberes sobre o tema. Atualmente um curso violência doméstica tem um peso muito significante em currículos e coloca quem tem interesse no assunto e quem estuda ou trabalha na área, a par de conceitos, regulamentações e todo o tipo de ação criada para ajudar no combate à violência doméstica. Essa temática faz parte da grade programática de cursos online do Educamundo que são voltados especificamente a esse assunto, como o Curso Online Violência Doméstica contra Mulher. Mas há outros cursos EAD cuja área tem ligação com a questão da violência de gênero, doméstica e familiar, como o Curso Online Direitos Humanos e o Curso Online Direito Penal.
Os cursos a distância sobre violência contra a mulher conceituam o que é violência doméstica, mostram estatísticas, o que há em políticas públicas votadas aos direitos da mulher e as formas de violência doméstica, que são, muitas vezes, silenciosas e que podem impactos devastadores na vida das mulheres, inclusive sobre a sua visão de si mesma e perante a sociedade, por exemplo. Esse é o tema deste nosso artigo, os efeitos da violência doméstica sobre as mulheres na perspectiva da psicologia social.
Acompanhe nosso artigo e conheça um pouco sobre o conteúdo que o curso violência de gênero, mais especificamente no âmbito doméstico e familiar, disponibiliza aos interessados na área. O texto também tem algumas dicas sobre cursos EAD e suas vantagens, sobre o que esperar do curso violência doméstica e de que forma ele pode ajudar em sua carreira.
O contexto social da violência doméstica relaciona-se ao fato da mulher ter sido durante muito tempo vista e tratada como submissa ao homem. Essa ideia teve influência, principalmente, de três frentes: sociedade, Estado e Igreja. Historicamente, pensava-se que entre os povos primitivos existia uma sociedade matriarcal, na qual as mulheres tinham funções predominantes em todos os aspectos da vida. Mas como não há sinais de que houvesse subordinação masculina, concluiu-se que era, na verdade, uma sociedade igualitária. Mas as coisas começaram a tomar outros rumos quando os homens deixaram de ser nômades e passaram a ser sedentários, assumindo a administração das propriedades e dominando a produção. A partir daí as mulheres passaram a ter um papel secundário, submisso e sob as ordens do "provedor e chefe da família". Outro fator que fez diminuir o valor da mulher nesse período é bastante curioso: a descoberta de que o homem também era responsável pela fecundação, pois muitos primitivos sequer sabiam que tinham papel na procriação.
Com o passar do tempo, as mulheres passaram a ser consideradas inferiores aos homens, fato que colaborou para a criação de um pensamento patriarcal, machista e dominador. A Igreja reforçava a ideia da família nuclear, da mulher ser a esposa e mãe, e a ela cabia a função de oferecer comodidade, alimentação à sua família e os afazeres domésticos. Veja bem, não se trata de uma crítica, a Igreja é citada aqui como um ente institucional, em um contexto social e histórico e não pelo seu significado religioso. O Estado, por sua vez, ajudava a reforçar isso: o Código Civil de 1916 limitou o acesso das mulheres à propriedade e ao trabalho. Mas ainda fica pior quando os códigos criminais não dão a devida gravidade aos crimes passionais. O Código Criminal de 1890 considerava "perturbação dos sentidos e da inteligência" o crime passional, isso significava uma absolvição certa. Décadas depois, o Código Penal de 1940 passou a dizer que crimes passionais ocorriam sob "violenta emoção". Foi nessa época que surgiu a tese de "defesa da honra", que foi incorporada por advogados da época e aceita por todos, considerando os costumes e valores daquele tempo. Mais tarde o Código de 1940 recebeu em seu artigo 24, o inciso I, que dizia que mesmo movido por forte emoção ou por paixão, o acusado deveria sofrer a devida punição. Isso resultou no fim das absolvições em casos de crimes passionais por defesa da honra – no código apenas, pois já estava imputado no pensamento machista da época. Mas que época, se ainda nos dias atuais "defende-se a honra".
Esse contexto social nos remete à subjetividade e identidade da mulher, tópicos que também são parte do Curso Online Violência Doméstica contra Mulher e que são tratados sob a perspectiva da Psicologia Social. Trata-se de uma área de aplicação da psicologia que estabelece uma conexão com as ciências sociais – história, antropologia, filosofia, sociologia etc. A Psicologia Social considera processos como subjetividade, individualidade, personalidade e identidade para o estudo do indivíduo como ser social – neste caso o foco será a mulher vítima de violência doméstica.
Qualquer curso violência de gênero abordará as formas de violência doméstica e suas consequências na identidade da mulher. Sua importância se dá pelo fato de profissionais que prestam atendimento a vítimas as conduzirem em um processo de resgate da subjetividade e de sua identidade.
Subjetividade tem a ver com consciência e está relacionada ao sentimento de cada um, às suas crenças e valores. Varia com o gosto de cada pessoa e é construída a partir de suas experiências e relações, por isso não é passível de discussão. A subjetividade contempla todas as expressões do ser humano, as visíveis, representadas pelo nosso comportamento e as invisíveis, que são nossos sentimentos. Pode-se, portanto, dizer que a subjetividade é o que forma a identidade de cada um. Levando isso para um cenário de subordinação da mulher a uma elegida supremacia masculina, entende-se que a subjetividade existia, mas que a identidade feminina era forjada por relações de poder, machismo e pelo papel que a mulher deveria ter perante a família e a sociedade.
O conceito de identidade está amplamente ligado a mudanças e emancipação. No caso de vítimas de violência se pode dizer que, ao contar com os serviços disponíveis para auxiliá-la, ela vai tentar superar a identidade de mulher agredida. O problema é que situações de violência doméstica são, muitas vezes, como “andar em círculos” e sempre passando pelo mesmo lugar, ou seja, quando há uma nova agressão. Em situações de fracasso, em que a mulher é novamente agredida, acontece uma regressão na construção da “identidade libertada”, pois todas as barreiras derrubadas – psicológicas, emocionais e financeiras – são reerguidas.
Construída a sua identidade, inicia-se o processo de individuação, que nada mais é do que a forma pessoal de cada mulher responder aos desafios e de vivenciar processos de socialização e se fabricar como sujeito. A individuação pode ser definida como uma permissão para que pensamentos, sentimentos e valores individuais sejam expressados.
Quando se trata de agressão física, as feridas são tratadas e depois de algum tempo, elas saram. Mas há os sintomas de outras formas de violência doméstica que demoram mais a desaparecer e, algumas vezes, nem vão embora. Exemplos são os sintomas psicológicos e sociais. Isso nos leva de volta à construção da identidade – afinal, como a vítima poderá construir o seu eu se ainda carrega sequelas do que sofreu? Esses mesmos sintomas, por outro lado, podem ser usados como pretexto para que uma vítima procure ajuda dos serviços sociais e de saúde sem que se perceba que ela vive em um ambiente de violência. Por isso quem trabalha na área deve estar muito bem capacitado a prestar uma assistência adequada e a ajudar a mapear a situação de risco. Também deve estar tecnicamente preparado para auxiliar quem passou por situações de violência doméstica e está em processo de cura, de reconstrução da identidade e em processo de individuação.
Os sintomas sociais são alterações no comportamento da pessoa, que podem mascarar algo bem mais sério acontecendo em seu ambiente familiar. Entre alguns desses sintomas sociais estão isolamento, ausência ao serviço de saúde, faltas no trabalho, mudanças frequentes de emprego ou até mesmo de casa e cidade, descuido com as atividades diárias, dentre outros. Esses sintomas, de forma isolada, não costumam fornecer elementos para que se chegue a um diagnóstico de violência. Mas se o profissional souber como fazer uma abordagem sutil e cuidadosa, pode fazer com que a vítima ajude a identificar uma situação de risco e a partir daí iniciar o tratamento adequado ou o encaminhamento para o órgão responsável – Delegacia da Mulher, Casa Abrigo ou outros.
Percebe-se que para atender adequadamente esses tipos de casos, a preparação do profissional é fundamental. No processo de aquisição de conhecimento, o profissional deve considerar que todos os recursos são bem-vindos. Há muito estudo em cima desse tema e muito material rico em conteúdo. Os cursos a distância, por exemplo, além da facilitarem de várias formas o estudo de temas importantes, mostram ao cursista como é essencial estar sempre se qualificando e renovando conhecimentos. O curso violência doméstica do portal tem em um dos módulos de sua grade programática todos os tópicos tratados neste artigo, em outros módulos aborda outros conteúdos pertinentes a todo curso de violência de gênero, dando ao cursista o embasamento necessário para que ele se torne um excelente profissional na área ou um ator social de mudanças nesse cenário tão problemático.
Poder, ideologia e alienação: qual a sua relação com a violência doméstica? Bem, assim como subjetividade, identidade e individuação, esses três termos também surgirão ao longo de um curso violência de gênero. Conceituados, eles passam a identificar situações comuns relacionadas às causas da violência doméstica.
Poder é o que subordinava – e ainda subordina – mulheres a homens. A construção cultural e social criou uma hierarquização de poder e dominação, baseada no estereótipo de que mulheres são dóceis e frágeis e que homens são fortes, viris e provedores. Sendo assim, de quem é o poder? Apesar dos tempos terem mudado, algumas concepções continuam seguindo esse pensamento, e quem ainda tem essa ideia formada, não consegue aceitar que a sua parceira não seja mais submissa e subordinada. O resultado disso são os vários frequentes casos de violência doméstica.
A alienação está fortemente ligada à violência psicológica. Nem sempre a mulher que é humilhada, que sofre agressões verbais, que é diminuída ou ofendida, percebe que é vítima de uma forma de violência doméstica. Ou até desconfia, mas não quer enxergar. Casos típicos são os que têm a mulher que foi criada para ser esposa e mãe, a qual não foram dadas oportunidades para que tivesse uma carreira, uma profissão, e que depende financeiramente do marido. Ela pode “fazer vista grossa” à violência para porque de certa forma está confortável, mas o problema é que a linha que separa a violência psicológica da agressão física é bastante tênue. Em outros casos ela pode até ter condições financeiras de se manter sozinha, mas não consegue largar o companheiro, pois está tão presa a um relacionamento abusivo e acredita que isso possa mudar.
Já a ideologia, nesse contexto, diz respeito à visão romântica que a mulher cria a respeito de casamento, família, filhos e do “felizes para sempre”. Ter uma família nuclear e viver em harmonia é a ideia de felicidade e qualquer outro tipo de ideia fora desse contexto é considerada “desestruturada” – padrão desestruturado de família.
Outro ponto tratado em cursos online sobre violência doméstica é a mediação de conflitos. Há casos de violência doméstica com um baixo grau ofensivo, que tenta fazer com que os envolvidos entrem em um acordo para que resolvam os seus conflitos e cheguem a uma solução, tentando a pacificação das relações familiares. Pode parecer estranho e você pode pensar “ela é agredida e ainda querem consertar o relacionamento”, mas considere que há casos diferentes. Nem sempre a agressão é física e nem sempre está em grau avançado, portanto, há que se fazer uma tentativa, inclusive como forma de evitar que uma agressão verbal evolua e se transforme em algo pior.
Saber sobre esses tópicos é de extrema importância e não somente aos profissionais de áreas como assistência social, psicologia, saúde e direito, que são normalmente quem prestam auxílio às vítimas. Trata-se de um problema social, que faz parte de nosso dia a dia e que deve ser conhecido por todos, afinal, a vítima pode ser inclusive um familiar ou um ente querido. Quem sabe o que é violência doméstica sabe do que estamos falando e sabe que é preciso conhecer todos os aspectos sobre o tema.
Os cursos online com certificado que trazem conhecimentos sobre a temática que abrange o combate e enfrentamento às violências contra a mulher e sobre outros vários assuntos de áreas diversas são acessíveis a qualquer pessoa, e podem até ser o início de uma carreira profissional. Já quem precisa comprovar horas de curso, tem nos cursos online com certificado a solução – pontos para provas de títulos (se o edital prever), créditos em atividades complementares em cursos técnico ou superior e um currículo digno de conquistar aquela tão almejada vaga de emprego ou promoção no trabalho. Servidores públicos podem se beneficiar pela formação continuada e se qualificar para tentar uma progressão de carreira.
As vantagens dos cursos EAD são várias, mas as principais são a flexibilidade do horário de estudo, pois você pode estudar a qualquer momento do dia e nos horários que forem melhor para você, e o investimento, uma vez que cursos a distância têm valores bem mais acessíveis que cursos presenciais.
Ao ler o nosso texto você notou que, apesar de saber o que é violência doméstica, há vários outros aspectos relacionados ao tema que você não conhecia? Chegou a hora de saber mais, por meio do Curso Online Violência Doméstica contra Mulher e se engajar nessa que é uma luta de todos. Mas você deve conhecer também os demais cursos online que o Educamundo oferece. Vamos te contar que são mais de 1.000 cursos online com certificado, criados por um setor pedagógico dedicado a trazer o que há de mais atualizado em termos de conteúdo.
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