Equipe Educamundo
19/12/2016

Mitos e verdades sobre amamentação e sua importância para a saúde

A amamentação é um dos vínculos mais fortes da mãe com o seu bebê. Apesar de ser algo que aconteça naturalmente, pois o instinto do bebê é buscar o seio da mãe, às vezes ambos encontram algumas dificuldades. Por isso é importante que a mulher saiba tudo sobre como amamentar seu filho.

Muita gente já sabe que a amamentação é um ciclo essencial para a manutenção da vida, mas ainda há muito a descobrir e esclarecer sobre esse processo. Tanto por isso e pela necessidade de informar as pessoas sobre sua importância, o Curso Online Amamentação foi desenvolvido para elucidar as principais dúvidas e falar tudo sobre amamentação. Vale tanto para as mulheres quanto para os homens compreenderem que é primordial se informar e saber os mitos, verdades e curiosidades desse procedimento natural.

Mães jovens, de primeira viagem, aquelas que já têm filhos ou pensam em engravidar futuramente, estudantes e pessoas que desejam ingressar nessa área e profissionais de saúde em geral podem recorrer a cursos online que indicam os melhores cuidados, ações, dados atualizados, dicas de amamentação e todas as informações pertinentes desse método instintivo e voluntário que cria o primeiro grande laço entre mãe e filho.

Para saber mais sobre essa prática, a importância da amamentação e o quanto é fundamental para a saúde da mulher e da criança, acompanhe o artigo!

Amamentação: Uma prática saudável

Destaque em diversas campanhas de conscientização no mundo inteiro, a amamentação é fundamental para a manutenção da vida assim que o bebê vem ao mundo e durante os primeiros anos de desenvolvimento da criança. Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) garantem que todos os pequenos devem receber o leite materno exclusivamente até os seis meses, e com associação a outros alimentos até os dois anos. 

Pelas características nutritivas primordiais para evitar doenças e ajudar na formação de anticorpos e células, o leite materno deve ser oferecido ao bebê logo que ele nasce. Além do fator instintivo, trata-se do método mais ecológico e saudável, criando logo o vínculo entre mãe e filho. Segundo a Unicef, a amamentação garante a preservação da vida de mais de seis milhões de recém-nascidos no mundo inteiro, embora somente pouco mais de 40% receba o leite até metade do primeiro ano.

Levantamentos mostram que, além da mortalidade nula nos primeiros meses de vida, a criança ainda fica livre de diarreias, infecções urinárias, problemas respiratórios, bem como pouco risco de desenvolver diabetes, osteoporose, doenças cardiovasculares e hipertensão. São tantos benefícios que muitas culturas dão o status de ''alimento sagrado'' para o leite materno.

Melhor que isso, na contramão de outros países, o Brasil se destaca nesse parâmetro e tem mostrado bons números, graças às campanhas do Ministério da Saúde e otimização da informação sobre esse processo tão eficiente. Segundo um estudo da revista The Lancet, crescemos no tempo de amamentação prolongada dos bebês, passando de uma média de dois meses e meio para catorze meses, no período de 1975 a 2007. Se essa métrica continuou crescente, atualmente podemos concluir que esse número é ainda maior.

É animador pensar que muitas mães, as mais jovens inclusive, tenham buscado cada vez mais maneiras de se informar quando se trata de amamentação. Seja nos postos de saúde, com profissionais especializados, pela internet ou em cursos online e à distância, há boas opções que desmitificam vários dados sobre esse procedimento. Agora, você pode conferir alguns deles. 

Verdades sobre amamentação

Por mais que sejam básicas, algumas informações pouco esclarecidas ainda levam muitas mulheres a cometerem erros e desconhecerem ações básicas quando se trata do aleitamento materno. Por incrível que pareça, diversas moças ainda não têm sabem o tempo necessário para amamentar ou então não dão a importância devida a esse processo. Por isso, separamos algumas verdades sobre amamentação. Agora, tudo ficará mais compreensível!

- Não há problema nenhum em deixar a criança mamar até os dois anos de idade, ao contrário, essa é uma indicação padrão dos órgãos de saúde, paralelo ao consumo de outros alimentos depois dos seis primeiros meses. 

- O leite materno contém todos os componentes necessários para a nutrição do bebê. Sua composição mostra ótimas quantidades de proteínas, gorduras, carboidratos, diversas vitaminas e minerais.

- Esse alimento passa por um ciclo de três fases: colostro, um fluído amarelo preliminar que sai logo após o parto, rico em proteínas; o leite de transição, que passa por redução de proteínas e minerais e aumenta as gorduras e carboidratos, a partir do sétimo dia após o nascimento; e o leite maduro, a composição do leite materno mais estável, que chega nesse ponto a partir do 21º dia de amamentação.

- Água, chá e outras bebidas podem levar a criança a rejeitar o leite materno, sobretudo se há frequência no consumo antes do sexto mês de vida. Não é preciso oferecer outras alternativas se o leite materno é completo e equilibrado. 

- Toda mãe tem direito à licença amamentação, um período de 15 dias além da licença maternidade. Trata-se de dois períodos especiais de 30 minutos todos os dias até que o bebê complete seis meses de idade. Quem garante esse benefício é o artigo 396 da CLT.

- Falando em benefícios, a Lei da Paternidade mudou. A alteração, sancionada em março deste ano, garante aos pais que trabalham em empresas ligadas ao Programa Empresa Cidadã - projeto do governo criado em 2008 que isenta impostos de grupos que aceitam aumentar a licença-maternidade de suas funcionárias de quatro para seis meses - tirar um recesso de 20 dias em vez dos 5 dias anteriores. Mas, atenção: só começa a valer a partir de janeiro de 2017.

 

- A amamentação não é responsável apenas pela melhora da saúde do bebê. As mamães também têm ótimas vantagens, principalmente no combate a males como anemia, osteoporose, câncer de útero e ovário. Além disso, é claro, melhora a sintonia entre mãe e filho, considerada um momento mágico para muitas mulheres.

- Alguns bebês têm dificuldade em sugar o leite materno, fato que deixa muitas mães (ainda mais aquelas de primeira viagem) desesperadas. Para acabar com isso, porém, há técnicas que fazem toda a diferença e deixam a criança à vontade para mamar normalmente. No Curso Online Amamentação, você aprende o passo a passo completo para saber como agir nessa hora.

- Não há problema nenhum em retirar o leite das mamas e congelar. Essa prática, aliás, é utilizada nos bancos de leite humano. Ele não perderá suas propriedades, basta manter em um recipiente esterilizado, 12 horas na geladeira ou 15 dias no freezer.

- Amamentar pode causar dor em alguns casos, ainda mais quando os primeiros dentes da criança começam a nascer. Mas, além disso, há outros motivos, como doenças, ingurgitamento (quando os seios ficam cheios, duros e pesados), mastite, produção de leite em excesso, etc. Como cada situação é única, a orientação do ginecologista é primordial assim que o desconforto aparece.

 

- É verdade que o estresse e a ansiedade afetam na produção do leite materno. Muitos casos de irritação pós-parto e outros estados emocionais interferem e até bloqueiam hormônios da amamentação, levando à baixa e trazendo prejuízos ao pequeno. É por isso que muitos médicos reiteram que, nessa hora, a mãe precisa estar calma e relaxada.

- Além de um momento total de repouso, é interessante atentar-se sempre à posição do bebê, amamentando sempre sentada, em um lugar confortável e com a maior segurança para a criança. Segure ele contra o corpo, com a cabecinha apoiada no mesmo antebraço no seio em que está sugando.

E a relação da amamentação com a menstruação, qual é? Bom, de acordo com especialistas, a amamentação exclusiva garante a suspensão da menstruação (além da TPM e cólicas comuns nessa fase) por até um ano. Porém, é importante deixar claro que, caso as mamadas diminuam e novos alimentos sejam oferecidos ao bebê, o processo pode voltar mais cedo que o padrão. É nessa hora que muitas moças acabam tendo surpresas, já que dispensam métodos protetores e acabam engravidando novamente, num curto período de tempo após a última gestação. Essa é uma questão comum de muitas mulheres pós-parto e, como cada caso é único, deve-se sempre consultar o ginecologista para um esclarecimento específico.

Mitos sobre amamentação

Se existem verdades para serem provadas, também há muitos mitos que trazem conhecimentos populares e que não tem nada a ver com esse procedimento tão natural. Esses são apenas alguns mitos sobre amamentação, outras dicas e questões podem ser esclarecidas diretamente por um especialista ou em cursos online específicos (nunca deixe de tirar qualquer dúvida, seja qual for, SEMPRE!). Confira as principais inverdades:

- Não existe essa história de que o leite de uma mulher é ‘’mais fraco’’ do que da outra. Esse é o principal mito sobre amamentação. As características e o nível de nutrientes são exatamente os mesmos para todas, independente dos hábitos de vida de cada uma. A confusão se dá pelas três fases do leite materno: muita gente acha que o colostro, por ser mais ‘’encorpado’’ é melhor que o leite maduro, o que não tem sentido nenhum.

- Próteses de silicone não afetam as glândulas mamárias e não interferem na amamentação. Qualquer mulher pode realizar esse procedimento, mesmo se passou pela cirurgia plástica, feita seja antes ou depois da primeira gravidez.

- Não é necessário passar cremes e outros produtos nos seios para que bebê fique mais acostumado a mamar com frequência. A higiene deve ser convencional, com água e sabão na hora do banho.

- Se a criança tem dificuldade em sugar, não é indicado passar soluções caseiras para atrai-lo às mamas. Além disso – e mais grave –, especialistas nunca recomendam utilizar pimenta, borra de café e outros produtos na auréola dos seios para que o bebê desmame. Independente se ele já está grande, com mais de um ano, a amamentação pode seguir sem problemas.

- Não há frequência padrão para que o bebê (ainda mais os recém-nascidos) sinta fome e dê sinais de que precisa mamar. O que acontece é que, com o crescimento, a criança se condiciona a ter um horário para comer, geralmente de três em três horas, em muitos casos. No mais, é ideal que ele tenha alimento quando quiser.

- Amamentar emagrece? É um mito comum pensar que esse processo faz perder peso. Muitos médicos afirmam que há um grande gasto calórico, porém, a fome também aumenta. Logo, são os hábitos de cada mulher que contribuem para eliminar ou ganhar peso. Se ela come muito e é sedentária, engordar é inevitável. Do contrário, se há uma rotina de alimentação regrada e exercícios físicos, vem o benefício do emagrecimento.

Ficou surpreso com tantas revelações e esclarecimentos? Se você é estudante de Medicina, Enfermagem ou de qualquer área da Saúde e quer saber mais sobre o que é verdade e mito sobre amamentação para orientar suas futuras pacientes com clareza, uma boa opção é investir no Curso Online Amamentação, com informações completas e pertinentes a esse assunto, passo a passo e com cada etapa explicada de forma clara e eficaz. 

Amamentação em público: qual a situação?

Amamentar em público ainda gera muita polêmica, infelizmente. Mesmo sendo uma das formas mais naturais de relação entre mãe e filho, algumas pessoas ainda veem essa exposição como ''desnecessária'' em lugares como shoppings, transportes públicos, praças, entre outros locais que tenham grande circulação.

Por outro lado, é imprescindível deixar claro que, em cidades como São Paulo, existe uma lei que protege à mãe caso ela seja proibida (por quem quer que seja) de amamentar seu bebê em locais públicos. Em vigor há pouco tempo – fez um ano recentemente –, se ela for desrespeitada e o indivíduo denunciado, gera multa de 500 reais, dobrada em caso de reincidência. Já no Rio de Janeiro, o valor chega a 2 mil reais.

Inspiradas pelas capitais paulista e carioca, muitas cidades têm feito campanhas de conscientização para que a população saiba valorizar o processo de amamentação, mostrando que não é desrespeitoso alimentar um recém-nascido do método mais tradicional em público. Com isso, elas visam dispensar tomar atitudes drásticas, educando antes de punir os incomodados com a situação.

E os bancos de leite, como funcionam?

Um dos maiores problemas quando se trata de amamentação é a falta de leite em algumas mulheres, que não conseguem fazer o aleitamento de modo eficaz. Além disso, crianças doentes, prematuras ou com ausência de suas genitoras também precisam que o leite seja dado por meio de um compartimento especial, para que, mesmo nessa situação, recebam os nutrientes essenciais desse alimento.

A solução para dar fim a essa situação e ajudar muitos recém-nascidos foi a criação dos Bancos de Leite Humano, um programa com o apoio da OMS que funciona em diversos lugares no Brasil, integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecendo serviços gratuitos para orientar e fazer a coleta de leite materno nas mamães que têm grande produção e estão dispostas a doar para ajudar outras mulheres.

Esse sistema é bastante funcional por aqui, reconhecido mundialmente como um dos mais efetivos. Tanto o Programa Saúde da Família, os mais diversos hospitais e centros de saúde do país possuem profissionais prontos para tirar todas as dúvidas e encaminhar a voluntária para o banco de leite mais próximo de sua residência. É uma forma de ajudar o próximo e garantir que muitas crianças tenham bem-estar e vivam melhor. 

Amamentação é vida!

Depois de todas essas informações, não dá para deixar de lado o fato de que a amamentação é essencial para a vida humana. Essas foram apenas algumas dicas diretas e básicas sobre esse processo que afeta todas as pessoas de forma parecida, mas que precisa ser cada vez mais democrática e igualitária. Por isso, é interessante entender e compartilhar os dados mais surpreendentes e inspiradores com as pessoas próximas, tanto as futuras mamães, os papais, os estudantes e profissionais de saúde e qualquer um que ainda não conhece os detalhes dessa prática.  

Há muitos mitos e verdades sobre amamentação. Veja aqui dois dos principais mitos:

  • Não há regras sobre como amamentar corretamente. Não são exatamente regras, mas existem técnicas que ajudam as mães que têm dificuldade em fazer os bebês mamarem.
  • É comprovado que há como emagrecer amamentando. Apesar de haver um grande gasto calórico, a amamentação em si não faz emagrecer, e sim, se a mulher adotar uma alimentação saudável e balanceada. Na verdade são seus hábitos que contribuirão para a perda de peso.

O Curso Online Amamentação esclarece e mostra discussões sobre o aspecto sociocultural do aleitamento materno, os benefícios, desafios e uma reflexão sobre a arte de amamentar. Faça seu cadastro no Educamundo e conheça centenas de cursos online ilimitados e com certificação nas mais diversas áreas, com um pequeno investimento. Vale a pena e faz toda a diferença!

Se tiver alguma dúvida, deixe um comentário. Até mais! 

Equipe Educamundo

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