Desde o começo dos tempos, a raça humana vive em grupos que formam uma sociedade que deve adequar o seu comportamento de acordo com o lugar onde está inserida e as necessidades que lhe dizem respeito.

Você sabe o que é Sociologia? Como ela surgiu? A Sociologia é o estudo da vida social da raça humana nos grupos onde ela está inserida. Isso quer dizer que a Sociologia estuda as relações entre os indivíduos que convivem em uma mesma comunidade ou dos diferentes grupos que formam uma sociedade.

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Mas nem sempre a Sociologia existiu e, até o século XIX, a história teve o papel de contar e mostrar ao mundo como as coisas aconteceram e aconteciam à sua volta e estes fatos sempre tiveram a ideia do coletivo, tudo envolvia um povo, uma nação.

Descobrimentos, guerras, conquistas são fatos narrados pela história e que reportam ao comportamento coletivo dos envolvidos. Do outro lado, tínhamos a Filosofia que veio mostrar as questões gerais envolvendo a natureza humana, convidando os pensadores ao saber mais abrangente. A Filosofia abriu a mente para o ser individual, a janela do quem sou.

Então, no século XIX, importantes e grandes transformações de cunho econômico, político e cultural surgiram a partir da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, e da Revolução Francesa. Por causa disso, verificou-se a necessidade de uma matéria que se dedicasse a estudar estas mudanças e o comportamento das pessoas diante das transformações.

A palavra "sociologia" foi criada por Comte. Por acreditar que as sociedades devessem ser alvo de uma abordagem propriamente científica, o filósofo francês Isidore Auguste Marie Francçis, ou simplesmente Augusto Comte, se empenhou em buscar uma nova opção de estudo que fosse voltada para a análise dessas novas mudanças sociais surgidas na Europa e para o comportamento das pessoas envolvidas. Nasce, assim, a Sociologia.

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Para resumir o que é Sociologia, diz-se  que ela é uma ciência criada para ajudar a entender a sociedade onde estamos inseridos e nos dar a possibilidade de criar formas para interagir uns com os outros, a partir da análise do nosso comportamento, dentro das estruturas institucionais do meio onde vivemos, uma vez que estamos ligados com tudo e com todos. E, neste contexto, é importante ressaltar que a diversidade social é uma das características mais estudadas pela Sociologia.

Entender o que é Sociologia é começar a olhar ao seu redor com um olhar sociológico. Isso fará com que você entenda e perceba uma determinada situação de outra forma. O problema da fome que vivemos em nosso país, por exemplo, não é um problema individual, mas sim de todos nós, porque ele afeta toda uma sociedade, um bairro, uma cidade, um país. A fome é gerada pelo desemprego, que, por sua vez, eleva o número de pessoas na rua, a violência, além de tirar das pessoas o direito à educação de qualidade. Ter um olhar sociológico é pensar no coletivo e se inserir nele.

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O que é Sociologia e as suas as concepções de infância e juventude

Você já parou para pensar no mundo infantil? O que é uma criança? O que ela faz, o que pensa e o que sente? Talvez você não tivesse dúvida alguma em definir a infância como aquele ser feliz, irradiando alegria, vitalidade e aproveitando o melhor momento de sua vida, ou seja, uma criança vivendo a vida sem se preocupar.

Por falar em criança feliz, você sabia que o uso de atividades lúdicas dentro da educação infantil é extremamente importante para a construção do conhecimento? Se você quiser saber mais sobre esse assunto, o nosso portal criou um de seus cursos a distância, o Curso Online Construção do Conhecimento na Educação Infantil.

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Quantas vezes ouvimos ou dizemos: "Que época boa a de ser criança. Ela não se preocupa com nada." Aqui, talvez, foi descrita a criança que você foi, a infância que você teve. Mas, com a aquisição do olhar sociológico, que precisa ser utilizado a partir do momento que se entende o que é sociologia, teremos a oportunidade de perceber uma outra criança.

A preocupação com a criança e com a infância é relativamente recente. Tanto no Brasil quanto no resto do mundo, a produção bibliográfica encontrada a respeito da criança só aparece a partir do século XIX, apenas na década de 70. Nessa época, a infância passou a ser um problema de investigação científica.

No que diz respeito às concepções da sociologia sobre infância e juventude, o sociólogo francês Émile Durkheim foi o primeiro a elaborar teorias e propor modelos, todos voltados para a área de Sociologia da Educação. Para Durkheim, a escola e o professor tinham como objetivos desenvolver a educação moral e a disciplina nas novas gerações, como forma de adequar as crianças ao convívio em sociedade.

O conceito de infância surge a partir do século XVIII. Porém, apenas em nossa época, presenciamos nossa sociedade ser dividida em faixas etárias, e é esperado de cada uma que se cumpra uma conduta. Ao contrário da visão otimista de Durkheim, que acreditava que a educação fosse uma preparação do jovem para a vida adulta, a psicanalista e pediatra Dolto observou que as crianças, desde muito cedo, passam demasiado tempo em escolas e creches, longe do ambiente familiar e, mesmo que estejam em contato com adultos, estão sempre cumprindo papéis definidos, sendo controladas e cuidadas por instituições enquanto seus pais trabalham.

A Revolução Industrial levou à saída de famílias que tinham como base a agricultura para viver em cidades e trabalhar na indústria. Isso mudou a forma como as gerações de famílias se relacionavam. Enquanto que no meio rural as crianças tinham a possibilidade de viver numa mesma casa com seu bisavô, o mesmo não aconteceu nas cidades, havendo um distanciamento entre as gerações.

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A partir dessa reflexão sobre a mudança na estrutura familiar e os papéis da criança e do adolescente, surgem críticas aos modelos atuais de escola, pois neles se encontram apenas o controle, a autoridade e a perda da individualidade, quando o que deveria haver é a integração das gerações mais jovens com as gerações adultas, a liberdade para as descobertas e o desenvolvimento das potencialidades.

A escola como instituição social

A escola tem sido o objeto principal de estudo da Sociologia da Educação, tendo em vista que ela tem um grande papel como agente de socialização, andando junto com a família na transmissão de conhecimento e cultura.

Dentro da Sociologia, existe a Antropologia Cultural, uma área que aborda a cultura, suas origens, suas variações com o tempo e seus principais aspectos, O Educamundo criou um curso online sobre este assunto, o Curso Online Antropologia Cultural.

Para entender a razão da escola ser considerada uma instituição social, é necessário saber realmente o que esse termo significa. Para Chauí, as instituições sociais são elementos da sociedade para a sociedade, ou seja, elas são elementos que estão inseridos na nossa sociedade que têm como função ajudá-la a se desenvolver. Para isso, é necessário que as instituições sociais sempre acompanhem a realidade política e econômica nas quais estão inseridas, sendo um elemento cultural para a sociedade.

Normalmente, quando pensamos em educação, fazemos uma ligação direta com a escola, tendo em vista que foi nela que aprendemos nossos valores culturais, sociais, políticos e econômicos, provando que a escola é realmente uma instituição social.

Segundo Meksenas, Durkheim, o pai da Sociologia, afirma que cada instituição existe com um objetivo, e o bom desenvolvimento social depende de cada uma cumprir sua função de forma adequada. Ele ainda afirma que é necessário que haja uma harmonia no funcionamento das instituições em geral, que teriam como função desenvolver a consciência coletiva, onde está inserida a moral, normas e valores da sociedade.

Meksenas ainda ressalta que, de acordo com Durkheim, a função da educação como instituição social é preparar as pessoas para viver em grupo, forçando situações que exijam deixar o interesse individual de lado e pensar a partir do interesse coletivo.

Durkheim, em Educação e Sociologia, afirma que é necessário que a escola se adapte dentro do contexto social atual, sendo necessário manter o modelo de sociedade em vigor. Ou seja, a escola tem variado no tempo e no espaço, não podendo ser tratada como uma só, mas sim como uma instituição social da educação.

No curso de sociologia você entenderá melhor qual a função da escola dentro da nossa sociedade e qual a importância dela no cenário atual, onde vivenciamos a desigualdade social e como isso pode ser mudado através da educação. Por isso, não se esqueça de fazer o nosso Curso Online Sociologia da Educação.

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A mudança social através da educação

A educação normalmente está ligada a projetos sociais que buscam a transformação da sociedade atual e colocam as classes populares como destaque. Ela tem o objetivo de promover a igualdade social, pois, caso contrário, a educação é vista, muitas vezes, como sem sentido real.

Segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria, em 2014, 61% dos brasileiros concordam que “a baixa qualidade do ensino vai prejudicar o desenvolvimento do país." E 53% concordam que “a renda de uma pessoa será maior quanto mais anos de educação ela tiver.”

Porém, como já afirmamos, grande partes dos sociólogos acreditam que a escola não está ligada à mudança social, reforçando as diferenças sociais ao invés de atenuá-las. É necessário que haja uma grande mudança dentro da escola, dentro da sua programação, dos seus objetivos e da sua aplicação.

A escola deve ser um ambiente que desenvolve mais do que conhecimento e capacidade em um aluno. Ela precisa desenvolver um aluno crítico, capaz de refletir sobre sua realidade social, pois, assim, é possível realizar a mobilidade social.

Porém, a mobilidade social envolve muito mais do que apenas a escola. Ela envolve um país em boas condições, que ofereça trabalho digno e bem-remunerado aos seus cidadãos. Dessa maneira, é possível promover uma mudança na vida das pessoas.

Mas, como mencionamos, a sociedade, a escola e o indivíduo têm uma relação complexa e diretamente dependente um do outro. É necessário que aconteça uma melhora na sociedade, na escola ou no indivíduo, para as coisas progredirem.

Freire afirma que a escola, sozinha, não tem o poder para realizar a democratização da sociedade, mas tem papel fundamental. O autor também aponta, em Pedagogia da Autonomia, que "Se a educação não pode tudo, alguma coisa fundamental a educação pode.", frisando, novamente, a importância que a educação tem na mudança social.

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