Equipe Educamundo
12/07/2019

O desenvolvimento humano e sua relação com as atividades lúdicas

Atividades lúdicas são aquelas criadas com o objetivo de divertir e proporcionar prazer aos praticantes. No entanto, além da brincadeira, elas também podem ser utilizadas em conjunto com estratégias de aprendizagem, seja na educação infantil, entre o público adolescente ou até mesmo no mundo corporativo. 

Os processos de aprendizagem precisam de estímulos para terem eficiência, caso contrário o que ocorre é uma memorização parcial e não a real aquisição do conhecimento. Por conta disso é que o conceito de ensino tradicional, no qual o aluno recebe as explicações do professor de forma passiva, vem entrando em desuso. O mundo pede metodologias mais dinâmicas, multidisciplinares e que ofereçam momentos prazerosos associados com a educação. É a típica definição do "aprender brincando".

Diante disso, surgem as atividades lúdicas, ferramentas pedagógicas que podem ser usadas em diversos ambientes e proporcionam interação social, diversão e aprendizado. Aqui no artigo, vamos explicar a importância delas para o desenvolvimento humano. Contudo, se você quiser ampliar seus conhecimentos sobre o tema, pode acessar nosso Curso Online Atividades Lúdicas‍, o qual aborda conceitos, técnicas e exemplos da prática lúdica na escola e no trabalho.

O desenvolvimento humano e as atividades lúdicas

De acordo com o psicólogo Jean Piaget, especializado em educação e aprendizado, o desenvolvimento humano é dividido em quatro etapas básicas: sensório-motor (até os 2 anos), fase pré-operatória (dos 2 aos 7 anos), fase das operações concretas (dos 7 aos 12 anos) e estágio das operações formais (adolescentes e adultos). Em cada um desses momentos, o aprendizado ocorre de diferentes maneiras:

  • o bebê explora o mundo por meio das emoções e dos movimentos;

  • a criança começa a falar e imitar as ações de outras pessoas;

  • a criança passar a compreender a ideia de sociedade e realizar análises racionais;

  • chega-se ao momento da transição para a idade adulta, essa é a etapa de trabalhar com teorias e hipóteses. 

A aquisição de conhecimentos em cada uma dessas etapas consegue ser melhor trabalhada com a utilização das atividades lúdicas. Afinal, elas propõem ações que mexem com a imaginação, a curiosidade e o desafio. No caso das crianças, especificamente, as vantagens são ainda maiores, afinal a mente delas funciona de modo diferente da de um adulto.

Jean Piaget constatou que, já na primeira infância (até os 5 ou 6 anos), o cérebro da criança tem capacidade neural de aprender sozinho, sem que haja uma imposição para isso. De forma leve e baseada na diversão, os pequenos vão atrás de conhecimentos que achem interessantes e fazem isso de forma natural. Assim, o papel do educador é o de mediar a construção do saber, mostrando caminhos e tirando dúvidas. Nesse cenário, surge o chamado de ciclo de aprendizagem vivencial.

O ciclo de aprendizagem vivencial

Caso você nunca tenha ouvido o termo aprendizagem vivencial, saiba que ela nada mais é do que o ato de aprender por meio da experiência e da interação. Entender como funciona esse processo de aquisição do conhecimento é especialmente importante para quando você quiser propor novas brincadeiras educativas na escola onde trabalha ou dinâmicas lúdicas dentro da empresa onde atua.

Em termos gerais, o ciclo de aprendizagem vivencial passa por cinco etapas:

  • vivência: consiste em atividades que podem ser realizadas tanto em grupo quanto individualmente, mas que propõem a obtenção de um aprendizado;

  • relato: essa é a hora de compartilhar tudo aquilo que foi observado durante a atividade proposta. A etapa é comandada pelo professor, que incentiva os participantes a dizerem o que mais gostaram ou como se sentiram durante o exercício;

  • processamento: junto com os participantes, o professor debate sobre quais os aprendizados que a atividade proporcionou;

  • generalizações: é a hora de fazer comparações entre a experiência lúdica vivida e situações da vida real. É nessa hora que deve ser apresentada a importância da brincadeira realizada para o cotidiano do participante;

  • aplicação: nessa etapa são enfatizados os comportamentos positivos que cada membro do grupo desenvolveu e debate-se o que ainda precisa ser melhorado.

Seguir os passos apresentados faz com que as dinâmicas sejam usadas de uma forma pedagógica adequada, misturando aprendizagem com diversão. Caso contrário, elas tornam-se apenas entretenimento e perdem grande parte dos benefícios que possuem, como promover o raciocínio lógico, o conhecimento didático, a concentração e a socialização. Sobre este último aspecto, vale a pena conferir nosso artigo Brincadeiras educativas e a interação social na educação infantil.

A ludicidade e a educação

Você já percebeu que ludicidade e educação trabalham de forma conjunta. Na sala de aula, é possível usar diversos tipos de brincadeiras entre as crianças e os adolescentes para promover o aprendizado. Algumas opções possíveis são:

  • jogos de tabuleiro;

  • brincadeiras com cartas;

  • desafios de perguntas e respostas;

  • atividades esportivas;

  • gincanas;

  • amarelinha;

  • teatro;

  • mímica;

  • quebra-cabeças;

  • adivinhação;

  • blocos de montar, entre outros.

Além das brincadeiras tradicionais, vale a pena investir nos jogos eletrônicos na educação. Eles são ferramentas tecnológicas muito úteis no atual cenário de internet, computadores e celulares. Vários jogos, inclusive, são criados com a ajuda de pedagogos e demais especialistas em ensino e têm o intuito de melhorar a cognição, bem como ensinar conteúdos variados. Para saber mais, leia o nosso artigo Por que vale a pena usar jogos eletrônicos na educação. Descubra aqui!

Na hora de escolher uma atividade lúdica sempre observe qual melhor se adequa a sua turma, levando em conta faixa etária, nível de dificuldade e resultados que querem ser atingidos. Entre as possibilidades de conhecimentos que você pode trabalhar com as brincadeiras estão:

  • ler e escrever;

  • fazer contas;

  • descobrir novas formas e cores;

  • diferenciar tipos de animais;

  • saber respeitar o próximo;

  • saber ganhar e perder;

  • não mentir;

  • ter paciência;

  • ter mais autoconfiança;

  • desenvolver a coordenação motora;

  • socializar;

  • desenvolver a comunicação etc.

Além de tudo isso, incentivar a ação de aprender brincando é uma ótima forma de lidar com dificuldades de aprendizagem e com o medo de desafios que muitas crianças, adolescentes e adultos podem ter. Para se aprofundar no tema, não deixe de conferir as diversas opções de cursos online que possuímos nas áreas de Educação e Psicologia.

Brincadeiras na escola: exemplos de atividades lúdicas para alfabetizar

As atividades lúdicas para alfabetizar são muito utilizadas dentro do universo pedagógico. Elas fazem a criança ter uma interação descontraída com o idioma e promovem dinamismo ao processo de aquisição da linguagem. Sendo assim, algumas opções de jogos que você pode colocar em prática são:

  • dado de imagens e palavras;

  • dominó dos nomes;

  • bingo com nomes e figuras;

  • jogo de montar letras e números com blocos de lego;

  • jogo dos 7 erros;

  • caça palavras;

  • jogo da memória.

Propor aulas divertidas de português não é algo difícil e exige apenas criatividade e conhecimentos pedagógicos. Sendo assim, fazer nosso curso online é uma ótima forma de aumentar sua qualificação na área. Para conferir outras brincadeiras da língua portuguesa, acesse nosso artigo Aulas divertidas de português: 13 jogos para colocar em prática.   

Sempre que possível, proponha também trabalho em equipe na escola. Assim, você faz as crianças interagirem, investindo na socialização. Contudo, é importante saber usar essa ferramenta pedagógica da forma correta. Caso contrário, corre-se o risco de gerar brigas e desequilibrar o aprendizado. Por isso, não deixe de conferir o artigo Trabalho em equipe na escola: como usar a técnica de forma lúdica.

O papel do professor alfabetizador 

E não esqueça: o professor alfabetizador tem uma grande responsabilidade nas mãos. Ele é o responsável por construir a base educacional que a criança usará para adquirir diversos outros conhecimentos no futuro. Assim, teste atividades lúdicas regularmente e ofereça um processo de ensino prazeroso. 

Ludicidade no trabalho: os jogos corporativos

Você já sabe que a ludicidade está bastante presente nos processos de aprendizado, porém ela não é voltada apenas para quem ainda está em fase escolar. Na verdade, os jogos corporativos  são muito eficazes para treinamentos em empresas. Por meio de dinâmicas descontraídas é possível trabalhar liderança, aprendizado de novas ferramentas e colaboração entre membros da equipe. Contudo, é importante que as atividades propostas valorizem:

  • a coesão: cada participante deve sentir-se pertencente ao grupo, sendo fiel aos objetivos construídos em conjunto com os outros membros;

  • as motivações individuais: ao mesmo tempo em que o profissional precisa estar unido ao grupo, ele também não pode esquecer suas necessidades pessoais. Portanto, as atividades precisam trabalhar as diferenças, o respeito, a empatia, o ato de escuta e outras questões que valorizem cada participante da equipe individualmente.

Uma ótima forma de abordar os jogos corporativos é com dinâmicas de escape out — jogos de fuga inspirados em videogames. Muitas empresas especializaram-se nesse tipo de serviço e cada vez mais o setor de recursos humanos das companhias vêm fazendo uso dele.

O jogo funciona em um ambiente fechado, no qual um grupo de pessoas precisa resolver vários enigmas para conseguir sair do local. Existem vários temas disponíveis: terror, ficção científica, suspense etc., e para vencer o desafio é preciso trabalhar com raciocínio lógico, ser criativo e ter espírito de equipe. Ou seja, todas são habilidades requeridas dentro do universo corporativo e podem ser desenvolvidas de maneira lúdica, em um ambiente imersivo e permeado por diversão.

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