O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) tem maior prevalência em crianças de 3 a 6 anos. Segundo um estudo da Universidade Federal do Pará, a média para essa faixa etária está em 25%. Já em estudantes de 6 a 17 anos está em 7,6%. Por isso, é fundamental saber ensinar alunos com TDAH.

O processo de aprendizagem é fundamental para construção do ser humano, e isso vale para todos. Por esse motivo, é importante entender técnicas para aplicar em sala de aula e atender a todos os estudantes.

Pensando nisso, preparamos este artigo com as melhores práticas pedagógicas para serem adotadas em sala de aula. Então, continue a leitura para saber tudo sobre como ensinar alunos com TDAH!

O que é TDAH?

TDAH é a sigla para Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade. É um distúrbio neurobiológico crônico com sintomas de inquietude, desatenção e impulsividade. Ele aparece ainda na infância e pode acompanhar a pessoa por toda a vida.

Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar. A sua prevalência é maior entre meninos. No Brasil, o transtorno atinge mais de 2 milhões de brasileiros, conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

De acordo com especialistas, existem diferentes graus do transtorno, desde os mais leves até os quadros mais evidentes. Além disso, a hiperatividade e o déficit de atenção podem se apresentar de forma separada, mas é mais comum ocorrerem juntos.

Os sintomas para hiperatividade e impulsividade são:

• correr ou subir frequentemente em locais inapropriados;

• responder a uma pergunta antes dela ser concluída;

• agitar com muita facilidade e não conseguir se aquietar;

• interromper outras pessoas;

• falar de forma excessiva;

• levantar-se frequentemente na sala de aula.

Já os sinais de desatenção são:

• não conseguir acompanhar as instruções;

• ter dificuldades para organizar tarefas escolares;

• procrastinar constantemente;

• perder coisas com frequência;

• parecer não ouvir quando alguém está chamando sua atenção;

• não reparar em detalhes, cometendo descuidos em trabalhos.

Esses comportamentos afetam a rotina escolar de um aluno com TDAH, desde a dedicação ao aprendizado até a hora de fazer tarefas ou provas. Além disso, a relação com os colegas também pode exigir mais atenção.

Como melhorar a aprendizagem de alunos com TDAH?

Ensinar alunos com TDAH é um processo muito desafiador, mas necessário. Afinal, a educação inclusiva se faz cada dia mais essencial. Por isso, é importante aplicar práticas pedagógicas voltadas para esses estudantes especiais.

Confira as principais que separamos!

1. Incentive a repetição do conteúdo

As pessoas com TDAH costumam ter dificuldade para memorizar sequências e desorganização. Logo, ao ensinar algo que exige uma atenção maior, incentive a repetição em sala.

Isso pode ser feito por meio da repetição falada diretamente com você ou pedir que compartilhe a informação com um colega, por exemplo.

2. Dê feedbacks positivos aos estudantes

Outra metodologia fundamental para ensinar alunos com TDAH é dar retornos positivos a eles quando fizerem uma atividade correta. Evite apontar erros ou fazer críticas, pois isso pode fazer com que eles fiquem introvertidos e com baixa autoestima.

Portanto, fale palavras de incentivo, elogie e escreva avaliações positivas no caderno ou faça estrelinhas, por exemplo.

3. Diversifique a rotina de ensino

Diversificar a rotina de ensino também ajuda no aprendizado de alunos com TDAH. Isso porque eles tendem a dispersar e se entediar muito rapidamente. Além de promover a variação, aplique métodos que ajudam a melhorar a concentração dos estudantes.

Para isso, você pode usar estímulos audiovisuais por meio de computadores, por exemplo. Outra dica importante é que, para alunos com TDAH, fazer é mais produtivo do que ouvir.

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Para aprofundar ainda mais no assunto, produzimos um e-book que trata sobre o tema — “Distúrbios de Aprendizagem e a Educação Inclusiva: tudo o que você precisa saber para ensinar alunos com TDAH e dislexia”.

Nele, explicamos os sintomas e as causas do TDAH e da dislexia, que atingem milhões de pessoas em todo o mundo. Além disso, falamos sobre como interagir de maneira mais efetiva com as crianças que têm necessidades especiais.

Também destrinchamos sobre as práticas pedagógicas que devem ser adotadas para melhorar o processo de aquisição do conhecimento. Por fim, apresentamos as técnicas que devem ser usadas para fortalecer a autoestima dos estudantes, lidar com questões emocionais e situações de preconceito.

Como vimos, ensinar alunos com TDAH exige técnicas e metodologias diferenciadas para conseguir a atenção desses estudantes. Além disso, é preciso ter paciência e sempre incentivar os alunos para que eles não fiquem introvertidos e com baixa autoestima.

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