Equipe Educamundo
03/02/2021

A história do novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa

Desde que foi implementado, muito se ouve falar a respeito do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. No entanto, mesmo tendo passado mais de 8 anos desde as mudanças, muitas pessoas ainda possuem dúvidas em relação aos vocábulos que foram alterados. Por esse motivo, o Educamundo elaborou o curso online Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. Esse é um dos cursos a distância que promete atender e qualificar os profissionais da área e interessados pelo tema.

Por isso, neste artigo, além de trazer um pouco da história da língua portuguesa e também do novo acordo linguístico, você vai ouvir falar sobre cursos online, que são a nossa especialidade. Afinal, a melhor forma de se capacitar, hoje em dia, é através de cursos online com certificado. Por hora, entendamos primeiro como se deu a formação da nossa língua.

História da língua portuguesa

O Latim é o idioma que dá origem às línguas neolatinas, ou, como também são conhecidas, línguas românicas. Ele era praticado por volta do século VII d.C. no sul e oeste europeu. Dele nasceram: o português, o francês, o espanhol, o italiano, o romeno, o catalão e outros idiomas e dialetos. Esse fato explica a semelhança que a língua portuguesa guarda com todos esses idiomas. Essa, porém, é uma outra aula.

Avançando alguns anos na história, sendo a língua falada em Portugal, o português acabou sendo naturalmente adotado em terras brasileiras devido ao fato do país ter sido colonizado por portugueses. Até aí, nenhuma novidade. No entanto, ainda é dúvida de muita gente o fato do português falado no Brasil se distinguir tanto do português falado em Portugal. "Ora pois", nada mais natural que hajam diferenças, se mesmo dentro do Brasil possuímos uma diversidade de sotaques, como poderia ser diferente entre nações em continentes diferentes? O mesmo acontece com os demais idiomas, como o espanhol falado na Espanha e o espanhol falado na América Latina. Assim como o inglês dos EUA e o inglês britânico. Portando, com o passar dos anos, a língua portuguesa no Brasil foi tomando sua própria forma, se diferindo em certos aspectos da sua matriz portuguesa.

É importante que se saiba que durante algum tempo, o português dividia sua existência com a língua galega, que era o idioma falado na Galiza, localizada na península ibérica (mesma região de Portugal e Espanha). Muitas palavras do galego guardavam muita semelhança com o espanhol. O então chamado galego-português foi bastante utilizado no final do primeiro milênio, se estendendo pelos três primeiros séculos do segundo milênio.

Influências e modificações na língua

Com o passar dos anos, a evolução natural da língua escrita e falada foi ocorrendo naturalmente. A acentuação utilizando o til (~), por exemplo, foi se fazendo necessária diante da evolução da língua, alternando, por vezes, onde era alocada nas palavras, até chegarmos ao que nós conhecemos hoje. Para que entendamos melhor a influência que o galego-português exerceu na nossa língua, vejamos um exemplo: as palavras "companhia" e "cânhamo" nem sempre foram escritas dessa forma. Em determinado momento da história, a consoante "N" recebia o til (~). Essas palavras, portanto, eram escritas da seguinte maneira: compañia e cañamo. Alguém aí se lembrou do espanhol?

Em um determinado período, ainda na mistura do galego com o português, chegou-se até mesmo a utilizar “nn” para grafar uma palavra que tivesse a pronúncia semelhante ao “ñ”, que acabou sendo extinto tanto do galego quanto do português. 

Quando os idiomas começam, de fato, a se desvencilhar, o português passa então a adotar o “h” após do “n”. A partir dessa separação, os acentos foram ganhando mais espaço também, com a intenção de diferenciar a pronúncia de palavras semelhantes e até mesmo de simples expressões, como o uso do acento agudo na letra “e” para diferenciar a letra ou um conectivo do verbo "ser".

O já conhecido til ganhou uma função parecida com a que possuía anteriormente – deixar a palavra com som anasalado – mas deixou de ser usado sobre a letra “n” para ocupar o topo de letras que necessitavam de uma diferenciação maior quando escritas. Pode entrar aqui, como exemplo, a palavra “razão”, que era grafada como “razon”.

Obviamente a nossa língua sofreu milhares de alterações desde a sua origem, que vão muito além da alocação da letra N e de regras de acentuação. Porém, esse é um assunto que pode ser melhor detalhado no nosso curso reforma ortográfica. O Educamundo é referência quando o assunto é cursos online. Mas como o tema aqui não é somente sobre história e cursos a distância, falemos mais sobre o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.

Objetivos oficiais da reforma ortográfica

Existem várias razões pelas quais uma língua específica sofre reformas, não sendo algo realizado de uma maneira arbitrária e sem necessidade. No nosso caso, um dos principais motivos seria encurtar as diferenças existentes no idioma entre os países de língua portuguesa. Isso mesmo, o novo acordo ortográfico da língua portuguesa atingiu não só o Brasil e Portugal, mas Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Unificar os vocábulos da língua portuguesa - considerada como bastante complexa por muitos -, traria mais clareza à quem lida diretamente com o idioma, principalmente aqueles que trabalham com ele como professores(as), editores(as), jornalistas e tradutores(as). Além disso, também atingiria milhões de estudantes e pessoas que naturalmente usam a escrita no seu dia a dia.

Impactos causados pela mudança

Podemos dizer, portanto, que a reforma ortográfica - desde que entrou em vigor, em 2009 - causou e continuará causando impactos, principalmente, em dois âmbitos específicos: o econômico e o educacional.

Econômico: os jornais e suas redações e demais empresas ou instituições que lidam diretamente com a língua poderiam passar a contar com um aumento significativo de mercado. Isso quer dizer que um livro traduzido no Brasil poderia também alcançar o mercado Angolano, por exemplo, sem precisar de nova tradução. O mesmo para publicações nacionais, que não precisariam ser adaptadas em outros países de língua portuguesa. Mas se por um lado um mercado é favorecido, por outro pode significar a extinção de postos de trabalho, já que o livro a ser traduzido no Brasil, por exemplo, poderia deixar de contar com a tradução Angolana. 

Ainda, do ponto de vista do profissional, foi necessário - e ainda é - um grande investimento em atualização e capacitação. Afinal não é fácil assimilar todas as mudanças do dia para noite. Nossa dica é que você busque conhecimento e atualização através dos cursos online com certificado. É essencial, para quem não domina ainda as novas regras gramaticais, realizar o Curso Nova Ortografia.

Educacional: neste âmbito, podemos citar três fatores que mais impactaram o setor: o aluno, que durante a sua vida escolar estava acostumado com as antigas regras e agora precisaria também renovar os seus conhecimentos, e os processos oficiais como vestibulares e provas de concursos públicos, que obrigatoriamente passariam a utilizar das novas regras. No caso brasileiro, a obrigatoriedade de utilização das novas regras se deu apenas em janeiro de 2016, apesar do novo acordo ortográfico ter sido posto em prática em 2009. Por fim, outro ponto, dessa vez mais otimista, trata do estudante de intercâmbio, uma vez que a preocupação com as diferenças na língua escrita é reduzida, o intercambista passa a ter mais facilidades em tarefas escolares e acadêmicas.

Antes mesmo da reforma ortográfica ser anunciada, diversas mudanças já vinham sendo feitas no nosso vocabulário. Até pouco tempo atrás era comum encontrar placas e letreiros de farmácias com a grafia utilizando a dupla "Ph" no lugar da letra "F" (Pharmácia).

Sobre o acordo ortográfico

A regras que compõem a ortografia da língua portuguesa foram determinadas especificamente por normas legais que visavam a unificação da língua entre todos os países que adotam o português como idioma oficial. Essas regras foram criadas no início do século XX em Portugal, estabelecendo assim aquilo que foi conhecido como o padrão ortográfico de referência. Pela primeira vez na história da língua, ela seria utilizada em diversas âmbitos, como documentos oficiais, ensino e arquivos históricos.

Mesmo sendo um ato histórico, o Brasil não adotou essas regras. Por ter se criado um padrão de linguagem próprio depois de sua independência, o nosso país não concordava em voltar atrás e agregar novamente palavras ao vocabulário. Em nosso contexto, alguns termos já não faziam mais sentido, sendo, então, um assunto discutido por muitos anos.

Pode-se dizer que o primeiro rascunho daquilo que seria um acordo ortográfico entre os países começou a ser desenhado em 1931, ainda com várias reticências em relação ao que deveria ou não ser aplicado por aqui. Nas décadas seguintes, houveram várias tentativas de se chegar a um comum acordo e foram realizadas diversas adaptações. Mas ainda não era dessa vez que os países “falariam a mesma língua” por assim dizer.

Tendo sido criado em 1990 e demorado quase duas décadas para finalmente entrar em vigência, finalmente, o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou em vigor no início de 2009 no Brasil e poucos meses depois em Portugal. Em ambos os países, foi definido um período de transição em que tanto as normas anteriormente consolidadas quanto as novas regras seriam aceitas. Inicialmente esse período foi de três anos no Brasil, posteriormente sendo prorrogado por mais três anos. Já em Portugal foram totalizados seis anos.

Neste artigo estamos abordando os fatos históricos quem perpassaram o novo acordo, já no curso nova ortografia, você verá muito além da história que envolve a nossa língua. Nosso curso online traz aspectos como: uso do trema, alfabeto, acento diferencial, acento circunflexo, acento agudo, uso do hífen; regras gerais de acentuação, mitos e curiosidades relacionados ao novo acordo e muito mais. 

Opinião de alguns especialistas a respeito do acordo ortográfico

Mesmo tendo sido visto como um ato benéfico para a língua portuguesa em si, não foram todos os especialistas da língua que concordaram com o rumo que a reforma ortográfica tomou para ser implementada. Na verdade, a maioria dos especialistas se mostraram a favor de várias mudanças e precauções a serem tomadas antes de implementar oficialmente o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.

O professor Ernani Pimentel, idealizador do projeto "Simplificando a Ortografia", por exemplo, apontou para um erro na própria base do acordo: “O acordo foi concebido em 1970, assinado em 1990 e promulgado em 2008. Já nasceu defasado”, disse o professor Pimentel.

Do ponto de vista do professor Pasquale Cipro Neto, antes de ser devidamente implementado, seria necessário realizar uma revisão no novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, usando como argumento que “o texto do acordo é tão cheio de problemas que foi preciso a Academia Brasileira de Letras publicar nota explicativa sobre pontos do acordo. Por que foi preciso isso? Porque há problemas”.

A professora Stella Maris Bortoni de Figueiredo Ricardo, integrante da Associação Brasileira de Linguística (Abralin) também deu sua opinião sobre o acordo, dizendo que “a associação é a favor de uma revisão onde as mudanças apontadas fossem ideais para todos os países, sem nenhuma alteração unilateral”.

Curso online: novo acordo ortográfico da língua portuguesa

Agora que você já conhece parte da história acerca do novo acordo, que tal dar o próximo passo? No Educamundo você tem acesso ao curso online Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa investindo apenas R$ 79,90. Isso mesmo, investimento único, sem mensalidades. Ah, ao se matricular você também terá acesso a todos os cursos do Pacote Master pelo período de UM ano. São centenas de cursos online.

O portal conta com a incrível marca de 120 mil matriculados. Após mais de 10 anos de atuação no seguimento de cursos a distância, o Educamundo é referência em cursos online com certificado em todo o país. Portanto, quem procura se certificar na área que atua, pode conseguir um certificado amplamente aceito no mercado de trabalho através do processo de certificação (opcional).

Nossos certificados são aceitos em processos de progressão de carreira, provas de títulos em concursos públicos, como atividades complementares na faculdade, e também para você dar aquela turbinada em seu currículo. Só é preciso se informar da aceitabilidade de certificação de cursos livres nos processos aos quais você irá se submeter.

E então, ficou com alguma dúvida sobre a história da nossa língua ou a respeito do curso reforma ortográfica? Deixe o seu comentário, ele é muito importante para nós e pode ser também a dúvida de outra pessoa. Responderemos o quanto antes. Até a próxima!

Equipe Educamundo

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