Quais aspectos você analisa ao considerar uma criança inteligente? Será que são as boas notas na escola ou é a facilidade com que ela resolve problemas matemáticos, por exemplo?
O senso comum diz que a inteligência tem relação com conhecimentos conceituais, só que ela vai muito além disso. A cognição, na verdade, pode ser desenvolvida por meio dos relacionamentos interpessoais, da música etc. E aqui vamos tratar da inteligência corporal-cinestésica.
Caso você nunca tenha ouvido o termo citado, o convidamos a acompanhar este artigo. Aqui vamos explicar que o aprendizado envolve diversos tipos de inteligência e as crianças podem ser beneficiadas por aquela relacionada ao estímulo corporal. Vem saber mais!
Entendendo a inteligência corporal-cinestésica
A inteligência corporal-cinestésica está relacionada a uma ampla consciência sobre o próprio corpo. Ela envolve, entre outras habilidades, a capacidade para:
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realizar diversos tipos de movimentos físicos;
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realizar trabalhos manuais;
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desenvolver a percepção espacial;
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realizar ações sincronizadas;
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aprender por meio da ação.
Todas essas características são importantes para o desenvolvimento cognitivo, principalmente das crianças da educação infantil (até os 6 anos). Afinal, elas estão no processo de descobrirem o mundo e a si mesmas. E fazem isso, em grande parte, por meio do tato e dos movimentos.
Sendo assim, trabalhar a inteligência corporal-cinestésica é algo extremamente importante na escola. Porém, antes você precisa entender um pouco mais sobre os demais tipos de inteligência.
Os tipos de inteligência existentes
Pensar que conhecimentos lógico-matemáticos e linguísticos são os únicos que definem a capacidade cognitiva de alguém deixou de ser verdade há mais de 20 anos. Desde a década de 1980, o psicólogo Howard Gardner lançou um livro falando sobre inteligências múltiplas.
A partir de então, percebeu-se que cada pessoa tinha sua própria forma de resolver problemas e destacava-se com habilidades específicas em determinadas áreas. Isso resultou em sete tipos de inteligência. Além da corporal-cinestésica, que explicamos anteriormente, há a ainda a:
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linguística;
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lógica-matemática;
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espacial;
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musical;
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interpessoal;
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intrapessoal.
Cada indivíduo possui todas essas inteligências, porém sempre há o predomínio de alguma delas.
Quem é Howard Gardner? Ele é um psicólogo dos Estados Unidos que trabalhou na Universidade de Harvard. É o autor do conceito das inteligências múltiplas e, por conta disso, ficou conhecido no mundo todo. Atualmente, tem um site onde é possível conferir seu trabalho.
A importância da expressão corporal na escola
Agora você já sabe que existem vários tipos de inteligência, então, chegou o momento de descobrir a importância de desenvolver aquela que é a corporal-cinestésica.
Como mencionamos anteriormente, as crianças pequenas comunicam-se muito por meio de movimentos físicos. Elas pulam, correm, cruzam os braços quando estão irritadas etc. Sendo assim, trabalhar a expressão corporal na escola é útil, antes de tudo, para desenvolver a comunicação infantil. Mas não apenas por isso.
Por meio de jogos, atividades físicas e diversas outras ações que envolvem o movimento do corpo é possível:
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desenvolver o senso de solidariedade;
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a concentração;
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a coordenação e o equilíbrio;
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a noção de espacialidade;
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o pensamento crítico;
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a consciência sobre a capacidade de movimentos etc.
Viu como são vários os benefícios da inteligência corporal-cinestésica na educação?
Como desenvolver as habilidades psicomotoras da criança
Até aqui você já deve ter entendido que é necessário valorizar a expressão corporal da criança, porém como fazer isso na prática? No Educamundo, temos vários cursos online que podem ajudá-lo a elaborar brincadeiras e atividades na escola. Mas neste tópico vamos lhe dar algumas dicas.
Trabalhar as habilidades psicomotoras significa unir o raciocínio com o movimento físico. Para crianças pequenas, de até três anos, você pode:
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pedir para elas fazerem ações como correr, andar, saltar e engatinhar;
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treinar posturas corporais, como ficar na ponta dos pés;
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desenhar;
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fazer colagens;
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criar túneis com caixas de papelão para elas atravessarem etc.
Se a sua turma for de crianças um pouco maiores, entre quatro e seis anos, vale a pena:
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fazer circuitos com pneus para valorizar a concentração e a força de superar obstáculos;
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fazer atividades com dança para desenvolver a coordenação motora e a memória;
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criar jogos competitivos de equipes para valorizar a interação social;
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fazer projetos com o uso de argila ou massa de modelar para trabalhar a noção de texturas e as habilidades manuais.
Em resumo, são várias as possibilidades. O importante é colocar as crianças para se mexerem e não apenas valorizar o aprendizado teórico, dentro da sala de aula tradicional.
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