Em um passado não tão distante, havia restrições ao acesso de crianças com deficiência ao saber, ao aprendizado escolar. Em tempos mais remotos, era ainda pior, pois eram excluídas até mesmo do convívio social, e além de não frequentarem escolas, lhes era negada a convivência em sociedade e até mesmo em família. Mas os tempos mudaram, e as “deficiências” começaram a ser estudadas, identificadas e, principalmente, desmistificadas.
Crianças com deficiência intelectual, física e as que apresentam Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) - como autismo, transtorno de Rett e Asperger - passaram a ter seus direitos garantidos, inclusive o direito à educação.
No Brasil, as políticas públicas de educação inclusiva abriram espaços em escolas regulares para alunos com Transtornos Globais do Desenvolvimento ou para os que têm algum tipo de deficiência. Isso gerou uma demanda por educadores preparados para atendimento diferenciado a esses alunos. Essa demanda, por sua vez, gerou a oferta de cursos online que tratam dos vários aspectos das deficiências e de formas pedagógicas de abordagem a esses alunos. No nosso artigo, vamos falar especificamente dos Transtornos Globais do Desenvolvimento - conhecer conceitos, saber como avaliar um aluno com TGD, como lidar com o TGD na escola e outros tópicos relacionados ao tema. Mas tudo isso de forma bem ampla, pois quem vai aprofundar o seu conhecimento no assunto é o Curso Online Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD).
O que é TGD? Quais são os principais tipos?
Nos cursos a distância sobre o tema, você aprenderá que os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) são alterações em diversas áreas do desenvolvimento da criança. O TGD afeta o desenvolvimento neuropsicomotor, compromete as relações sociais, a comunicação ou as estereotipias motoras (movimentos intencionais ou repetitivos, sem finalidade). Os transtornos costumam se manifestar, normalmente, até os cinco anos.
Alguns sintomas gerais, em crianças com TGD são:
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isolamento e indiferença - às vezes esses sintomas podem estar mascarados, pois a criança se mostra afetuosa. Ela consegue aproximar-se de pessoas e até abraçá-las, por exemplo, mas têm esse comportamento de forma geral, ou seja, com qualquer pessoa e em qualquer lugar;
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não estabelecem contato visual - têm bastante dificuldade em estabelecer e em manter um contato “olho no olho”, restringindo a capacidade de imitação, que é imprescindível na aprendizagem;
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não conseguem iniciar nem mesmo manter um diálogo, e quando tentam, observa-se um discurso repetitivo, assim como uma repetição automática das falas do interlocutor (ecolalia);
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dificuldade e falhas no uso da linguagem, assim como na compreensão;
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têm redução em sua capacidade imaginativa - enquanto outras crianças exploram vários brinquedos, por exemplo, a criança com TGD pode passar horas explorando um único brinquedo/objeto;
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têm baixa capacidade de concentração;
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podem apresentar mudanças repentinas de humor;
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têm problemas como mudanças em ambientes ou com alterações de rotina.
Os tipos de TGD
Todos os tipos de deficiência intelectual são classificados em categorias no DSM - Manual Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que é um manual voltado para ajudar profissionais da saúde a diagnosticá-los. O DSM IV classifica os Transtornos Globais do Desenvolvimento da seguinte forma (e com seus sintomas específicos):
♦ Autismo infantil - caracteriza por alterações na comunicação, na interação social e no comportamento. Surge antes dos três anos e se mantém até a vida adulta. É difícil para o autista ajustar-se ao contexto social e ele tem dificuldade em responder às emoções.
♦ Transtorno de Rett - trata-se de uma anomalia que causa desordens neurológicas, resultando em um retardo mental acentuado. A síndrome compromete as funções motora e intelectual e acomete quase que exclusivamente meninas. A perda das funções neurológicas acontece entre os 6 e 18 meses de idade e as habilidades adquiridas até então, vão se perdendo gradativamente (o andar e a fala) e começam os movimentos involuntários e repetitivos com as mãos - uma das principais características da doença.
♦ Transtorno Desintegrativo da Infância - os sintomas surgem após os dois anos e antes dos 10 anos de idade. A criança perde algumas habilidades em pelo menos duas destas áreas: comportamento ou habilidades sociais; controle vesical ou intestinal; jogos ou habilidades motoras e linguagem expressiva ou receptiva.
♦ Transtorno de Asperger - trata-se de uma síndrome do espectro autista e difere do autismo infantil clássico por não atrasar o desenvolvimento cognitivo ou de linguagem. Os sintomas mais comuns são: dificuldade para expressar emoções; interpretação da linguagem de forma bastante literal e dificuldade com mudanças.
♦ Transtorno Geral do Desenvolvimento NE - também chamado de Autismo Atípico. Diagnostica crianças que se encaixam no quadro de TGD, mas que não são categorizadas por outra desordem. É mais leve que o autismo infantil, apesar dos sintomas similares (demonstram alguns sintomas presentes e outros ausentes).
Em 2013, o DSM ganhou uma nova edição, publicado oficialmente em 18 de maio do referido ano. Na nova publicação, os TGD passaram a ser absorvidos por um diagnóstico único: Transtornos do Espectro Autista. Essa mudança foi baseada na visão de que todos os transtornos de deficiência intelectual (Autismo, Transtorno Desintegrativo da Infância e as Síndromes de Asperger e Rett) são uma mesma condição, com uma escala em dois grupos de sintomas:
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déficit na comunicação e interação social
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padrão de comportamentos, interesses e atividades restritos e repetitivos
A mudança não foi bem aceita por alguns clínicos, sob argumentação de que há diferenças bem significativas entre os transtornos. Já a APA - American Psychiatric Association - alegou que, da forma como eram classificados os transtornos, o clínico poderia ter dificuldades em diagnosticá-los de forma apropriada, pela dificuldade em subclassificá-los.
O CID - Código Internacional de Doenças, que é da Organização Mundial da Saúde, manteve os Transtornos Globais do Desenvolvimento como um grande grupo e sua patologias (Autismo, Rett, Asperger, TID SOE) como subgrupos.
Se você é educador, trabalha como profissional de apoio (nome dado na educação inclusiva ao professor que acompanha as crianças com deficiência) ou pretende atuar nessa função, deve ter se dado conta do quão importante é estar atualizado sobre as mudanças e novidades na educação especial. Essas atualizações podem ser obtida por meio de cursos a distância, principalmente se você precisa de aulas que se moldem aos seus horários. Outro motivo é que cursos online com certificado trazem uma série de vantagens a quem trabalha na educação, uma vez que educadores têm gratificações - e outros benefícios - de acordo com seus cursos de atualização e especialização.
O TGD e o aprendizado
Crianças com TGD e crianças com deficiência ganharam o direito de frequentar o ambiente escolar. A partir daí, as escolas públicas e privadas passaram a ter que oferecer as condições necessárias para que esses alunos se encaixem no contexto escolar, de forma plena e com total participação em todas as atividades escolares.
Essas garantias foram instituídas por marcos pedagógicos, legais e políticos e vieram para confrontar um entendimento que se teve por décadas, de que deveria haver uma educação especial que funcionasse paralelamente à educação regular, sendo essa a forma adequada para atender estudantes que tinham algum tipo de deficiência ou Transtornos Globais de Desenvolvimento.
Esses conceitos foram perdendo força conforme foram avançando novas práticas pedagógicas, resultantes de estudos no campo da educação e também a partir do surgimento de maneiras de melhorar a vida dessas pessoas, como a chegada da tecnologia assistiva (que será abordada mais adiante), além da luta pelos direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, das minorias e de todo aspecto que termine com a exclusão.
Sob a perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a fazer parte do projeto pedagógico da escola regular, conforme diz a Resolução CNE/CEB 04/2010. Há várias outras leis que abordam e inclusão de pessoas com deficiência e TGD. Na Constituição Federal, por exemplo, foi incorporada a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, que garante o acesso dessas pessoas à inclusão no ambiente educacional em todos os níveis, conforme o Decreto 6.949/2009.
Todo esse movimento trouxe à tona a necessidade do educador ter que saber como lidar com alunos com deficiência - nesta nossa abordagem, com os alunos com TGD. Para isso esses educadores precisam mapear as dificuldades dessas crianças e criar métodos que os façam “entrar no mundinho deles” e que facilitem a aprendizagem.
Entre os principais problemas de aprendizagem de alunos com TGD, estão:
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distração;
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dificuldade em sequenciar;
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dificuldades para generalizar;
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dificuldades de organização;
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parâmetros irregulares de desenvolvimento.
E de que maneira a escola, no papel do educador, pode trabalhar esses problemas? Veja algumas formas:
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criando rotinas
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dando instruções claras
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criando listas de verificações
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simplificando procedimentos
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controlando situações que causam distração; entre outras.
Apesar da escola regular ainda enfrentar dificuldades com a inclusão, o número de crianças com deficiência matriculadas em escolas aumentou significativamente nos últimos anos. Espera-se que as escolas consigam resolver os principais problemas de adequação, que são o espaço físico e a contratação do profissional de apoio, que ajuda o educador, fazendo o acompanhamento do aluno com deficiência e TGD.
Você notou a responsabilidade que o educador ou o profissional de apoio têm, além da responsabilidade social, ao comprometer-se com a função de trabalhar com a educação de crianças com transtornos globais do desenvolvimento? Se é uma área de seu interesse, prepare-se para essa responsabilidade fazendo o Curso Online Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD). Você terá acesso a um material exclusivo, preparado por profissionais de ponta, atualizado e ainda com a opção de obter a certificação.
O mercado de trabalho está bem propício a profissionais que trabalham com a educação inclusiva e há muito o que crescer nesse âmbito, principalmente porque a maioria das escolas ainda está se adaptando e criando condições para receber esses alunos. Acompanhando esses processos de mudanças estão os cursos EAD, que têm toda a abordagem necessária para qualificar um profissional em educação voltada a alunos com TGD.
Tecnologia Assistiva e TGD
Com a necessidade de se encontrar meios para facilitar a vida de quem tem transtornos globais do desenvolvimento e outros tipos de deficiência, surgiu a tecnologia assistiva. O termo se refere a todo os recursos que ajudam a melhorar as habilidades funcionais de pessoas com deficiência e com isso, ajudando a promover a inclusão e vida independente.
Foi criada nos Estados Unidos, em 1998, e no Brasil foi instituída pela Portaria 142, de 16 de novembro de 2006, com o conceito de área interdisciplinar do conhecimento, que abrange recursos, estratégias, metodologias, serviços e práticas que têm como meta promover a funcionalidade a pessoas com mobilidade reduzida ou incapacidades, lhes proporcionando qualidade de vida, independência, autonomia e inclusão social. Recursos que ajudam com o acesso ao computador, auxílios para a vida diária, projetos de arquitetura que garantem acessibilidade, próteses e adaptação em veículos são exemplos de tecnologia assistiva, que também ganhou as seguintes denominações: tecnologia de apoio, ajudas técnicas e tecnologia adaptativa.
Os cursos online sobre TGD também se aprofundam no tema da tecnologia de apoio, que traz para a vida do educador muitas ideias sobre a sua utilização voltada a melhorar a rotina de alunos com transtornos.
Cursos EAD sobre TGD
Por que fazer cursos online sobre TGD? Além dos tópicos que mostramos até aqui, que fazem parte do conteúdo programático do Curso Online Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD), há outras vantagens e benefícios que você deve considerar, veja só:
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flexibilidade de horário - você assiste às aulas e estuda no seu tempo livre, quando puder e quando quiser;
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baixo investimento - nossos cursos EAD têm um valor bem acessível;
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qualificação profissional - os cursos online com certificado somarão experiência ao seu currículo, além da carga horária que soma pontos em currículos de profissionais da educação.
Nosso portal tem muitos outros cursos a distância voltados à temática da educação de inclusão, que exploram e debatem debatendo conceitos, práticas metodológicas e toda sorte de técnicas para aplicação nos ambientes educacionais.
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Caso tenha alguma dúvida ou queira nos deixar uma sugestão, use o espaço dos comentários para falar conosco. Até mais!