O descarte de resíduos de laboratórios é o manejo realizado para retirá-los do estabelecimento de forma que não agridam a natureza com o seu alto potencial de contágio, o que pode gerar contaminação do solo e da água, afetar o ecossistema e causar intoxicação em animais.
Laboratórios de saúde são ambientes que devem atuar seguindo condutas sociais e ambientais. Os responsáveis por esses empreendimentos não podem ignorar fatores de risco que envolvem seus trabalhadores e o meio ambiente. Um exemplo é o manuseio correto de substâncias químicas, realizado com a finalidade de garantir a saúde de toda a equipe, e o descarte delas, cujo impacto é irreversível à natureza quando feito incorretamente.
É importante saber que a má gestão do lixo hospitalar é um dos problemas ambientais provocados pelo homem mais preocupantes da atualidade. As instituições de saúde devem estar atentas às regras para todas as fases do uso de produtos tóxicos e/ou biológicos, desde a separação e armazenamento deles, ao transporte e destino final. Tais informações podem ser aprendidas por profissionais da área e demais interessados por meio de cartilhas, regulamentos técnicos e cursos online, que conferem conhecimento de maneira completa e eficaz.
Aqui no Educamundo você encontra o curso Descartes de Resíduos em Laboratórios, que apresenta amplo conteúdo aos alunos acerca do tema. O principal objetivo ao descobrir mais sobre as diretrizes oficiais estabelecidas é garantir mais compromisso e responsabilidade perante a preservação da saúde pública e do meio ambiente. Se você trabalha em laboratório, hospital, consultório médico ou odontológico, ou em outro ambiente que faça o manejo de substâncias químicas, considere fazer cursos a distância para se diferenciar no mercado de trabalho.
A geração de lixo exacerbada se tornou preocupação mundial a partir da segunda metade do século 20. A sociedade se industrializou, o padrão de consumo se modificou e desde então os aterros sanitários são entupidos diariamente em cada canto da Terra. De acordo com a Organização das Nações Unidas, no mundo inteiro são produzidas todos os anos 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU), sendo uma média de 1,2 kg diariamente por pessoa. Números assustadores, não é mesmo?
Não podemos esquecer que o mundo moderno proporcionou inovações tecnológicas e isso, sem sombra de dúvidas, trouxe benefícios, sobretudo à saúde da população, como o fácil acesso à informação, aumentando a prevenção de doenças, e os tratamentos, antes desconhecidos, reduzindo o número de mortes e garantindo mais qualidade de vida. No entanto, junto com o avanço vieram os riscos à riscos à saúde, que são gerados quando essa tecnologia não é monitorada de modo adequado. E para que haja um controle de possíveis danos, é necessário que o Estado tome frente, adotando políticas públicas e disseminando materiais a respeito do tema e, consequentemente, que a população se conscientize, podendo fazer isso de inúmeras formas incluindo em cursos EAD.
No Brasil, o debate sobre resíduos sólidos, incluindo o descarte de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), se mostrou acalorado desde a década de 70, quando começou a organização de reuniões para acordos globais acerca do desenvolvimento sustentável, mas tomou grandes proporções em 1993, quando foi publicada a Resolução do Conama nº 005, que impôs a obrigatoriedade dos estabelecimentos de saúde de elaborarem o Plano de Gerenciamento de seu lixo e que, posteriormente, em 2005, foi atualizada pela Resolução n° 358. Além destas duas determinações, considera-se outro marco da discussão sobre o tema o Manual de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, elaborado e publicado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 2006. A partir dele, os estados e municípios brasileiros puderam perceber o quão complexo é o assunto, assim como é necessária a criação de estratégias para driblar a poluição do meio ambiente e assumir atitudes mais sustentáveis.
Esses dois órgãos brasileiros: Anivisa e Conama, são os que definem as regras e regulam a conduta de profissionais e empresas, quando diz respeito à produção, manipulação e descarte de residuos de laboratório. Seguindo seus parâmetros e aproveitando a ajuda de cursos online com certificado é possível garantir conhecimento aprofundado sobre o assunto e garantir a documentação que comprova o aprendizado, que aliás, é de grande valia para qualquer pessoa que trabalhe nesta área hoje em dia.
O lixo proveniente de laboratórios e hospitais deve ser separado do restante por apresentarem riscos à saúde humana, além de prejudicar o solo e oceanos com elementos tóxicos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica que esse tipo de resíduo está presente em diferentes pontos, e não somente nestes dois estabelecimentos de saúde, mas também em centros de pesquisa, sobretudo aqueles que fazem testes com animais, cemitérios, IML, bancos de coleta de sangue, locais para tratamento de dependentes químicos e casas de repouso. Os resíduos produzidos por todos esses ambientes podem apresentar risco biológico, pois têm entre eles sangue, secreções e excreções humanas, tecidos, substâncias químicas e instrumentos, como os materiais perfurocortantes.
É sabido que as pessoas que manipulam os RSS têm sua saúde exposta a riscos, sendo que o manejo de forma incorreta destes pode levar a um aumento do número de casos de infecções hospitalares. Já em relação à questão ambiental, o perigo desses componentes se inicia assim que entram em contato com a água ou o solo, disseminando-se para a população de seres humanos e animais, e poluindo lençóis freáticos e corpos hídricos devido ao chorume formado pelo lixo acumulado.
Há casos bem famosos, porém trágicos, pelo mundo todo desse tipo de descarte indevido. Aqui no Brasil, por exemplo, em 1987 houve o acidente com o Césio-137 (137Cs), um isótopo radioativo artificial, em Goiânia, no Estado de Goiás. O manuseio de um aparelho de radioterapia abandonado onde funcionava o Instituto Goiano de Radiologia, ocasiou um acidente que envolveu direta e indiretamente boa parte da população. Isso se deu por que a fonte, com radioatividade de 50.9 Tbq (1375 Ci), continha cloreto de césio, composto químico de alta solubilidade e as pessoas, ao manterem contato com essa peça, sofreram consequências graves a longo prazo, como diversos tipos de câncer, má formação de fetos, infertilidade e até morte.
Esse é um dos exemplos de incidentes com substâncias radioativas provenientes de hospitais, mas até os dias de hoje muitos brasileiros sofrem com o descarte indevido, sobretudo aqueles que precisam trabalhar com o próprio lixo, como é o caso dos garis e catadores. Segundo Cléria Winck, especialista em segurança e medicina do trabalho, os materiais que mais causam receio nos trabalhadores de coletas de lixo são as seringas, que podem ser transmissoras de doenças, como HPV e hepatite C. Ela ressalta que a forma ideal de descartar esses itens é levar em hospitais ou postos de saúde para que sejam enviados junto com o restante de lixo hospitalar.
Você pode ver como os residuos hospitalares e de outras instituições podem causar consequências à população e ao meio ambiente. A desinformação é a principal vilã nessa luta contra o descarte incorreto de lixo, e como dissemos, há muitas formas atualmente de se inteirar sobre o assunto e até mesmo se qualificar profissionalmente. Hoje, o mercado de trabalho está cada vez mais exigente e as empresas buscam por profissionais de saúde atualizados, sobretudo no que se trata de sustentabilidade e responsabilidade social, temas que são abordados em cursos online de modo a preencher lacunas importantes em qualquer currículo.
Para começar a se conscientizar a respeito dessa classe de lixo, é preciso conhecer suas características. Estão inseridos no grupo dos Resíduos de Serviços de Saúde, como frisamos anteriormente, os lixos oriundos de hospitais, farmácias, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios de análises clínicas e demais estabelecimentos prestadores de serviços semelhantes.
Há alguns anos atrás, no Brasil, descarte de residuos de laboratorio não era diferente do lixo domiciliar e público. Clínicas e laboratórios, por exemplo, não separavam esse lixo dos outros, assim como a coleta, o transporte, tratamento e o local de despejo eram os mesmos para os dois casos, sem haver qualquer cuidado com o risco biológico e nem levar em consideração a biossegurança em laboratório. Atualmente, há uma determinação da Anvisa que classifca os RSS e qual o devido manuseio e destino final deve ter cada grupo. Conheça abaixo.
Neste grupo são encontrados resíduos que possivelmente possuem agentes bioquímicos, e desta forma, podem apresentar risco biológico e causar infecções. Esses materiais são gerados a partir de atividades médicas ou pesquisas em laboratórios, sendo alguns exemplos: gaze, algodão ou compressa com sangue ou secreção, bolsas de transfusão de sangue, bolsa coletora, sondas, qualquer tipo de material com sangue ou secreção.
A recomendação é que esses materiais sejam acondicionados em sacos brancos específicos para esse uso, colocados em lixeiras identificadas. A sua substituição deve ser feita quando tiverem dois terços de sua capacidade preenchidos ou pelo menos uma vez a cada 24 horas. Na hora de armazenar para o transporte, é necessário que seja em um recipiente rígido, que não se rompa ou favoreça o vazamento de substâncias, e que tenha uma tampa para o fechamento devido. Além disso, o saco deve estar identificado para que ele chegue à estação de tratamento de forma segura e sem afetar ninguém. Durante o tratamento, o lixo hospitalar será submetido à esterilização a fim de torná-los em resíduos comuns.
Vale saber que o procedimento completo e recomendado pelas normas técnicas é explanado no Curso Online Descartes de Resíduos em Laboratórios. Há inclusive um tópico destinado ao grupo A, no qual você poderá aprender o passo a passo de como contribuir para a biossegurança em laboratorio.
Neste grupo estão inseridos os resíduos que contêm substâncias químicas e que provavelmente possam apresentar risco biológico e químico à saúde pública e/ou ao meio ambiente. Eles podem apresentar características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade e por isso são considerados bem perigosos, necessitando de isolamento específico. Há duas classificações para esse tipo de resíduo: sólidos, podendo ser termômetros de mercúrio, lâmpadas, raio X, assim como fixadores e reveladores, pilhas, baterias e acumuladores de carga; e líquidos, que são os remédios descartados por serviços de saúde, farmácias e distribuidores de medicamentos, resíduos de saneantes, desinfetantes, resíduos contendo materiais pesados, reagentes para laboratórios, efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em laboratórios de análises clínicas.
No caso de resíduos sólidos químicos, o acondicionamento deve seguir exigências de compatibilidade química dos resíduos entre si. Isso por que ao juntar duas substâncias incompatíveis é possível haver reação química, valendo também para a junção de componentes dos resíduos e das embalagens. Já os resíduos líquidos devem ser guardados em recipientes rígidos que sejam compostos de material compatível com o líquido armazenado e tenham a tampa de rosquear. O símbolo de risco deve identificar o recipiente.
Saber mais sobre esse grupo de lixo tóxico é essencial para profissionais da área da saúde e de química, assim como técnicos e professores que querem se qualificar nesse quesito para passarem esse conhecimento a outras pessoas. A melhor maneira, hoje em dia, é por meio de cursos online com certificado, pois a documentação conferida após as aulas comprova todo o aprendizado e pode deixar o currículo muito mais atrativo.
Esta classificação engloba materiais provenientes de atividades humanas que sejam compostos de radionuclídeos em quantidades acima dos limites estabelecidos pelas normas do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). A segregação destes resíduos deve ser feita levando em consideração a natureza física dos materiais e o tempo que eles precisam para atingir o limite de eliminação conforme as regras da comissão. São exemplos de lixo hospitalar do grupo C: rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, oriundos de laboratórios de análises clínicas ou de serviço de medicina nuclear e radioterapia.
O Césio-137, do caso famoso que citamos acima, está inserido nesta classe. Aparelhos específicos como aqueles que realizam exames ginecológicos, oncológicos e outros, quando descartados de forma incorreta, podem liberar as subtâncias radioativas contidas neles e apresentar gravíssimo risco biológico, químico e radioativo. O conhecimento sobre gerenciamento de resíduos químicos, assim como as normas e os procedimentos gerais, pode ser aprendido em cartilhas e cursos a distância, e é imprescindível para químicos e trabalhadores de laboratórios e clínicas que precisam manejar líquidos, gases e outros materiais.
Os rejeitos radioativos estão divididos em três grupos: sólidos (acondicionados em sacos plásticos e ainda em recicipientes resistentes, lacrados), líquidos (armazenados em frascos com capacidade para até 2 litros, de preferência de plástico rígido) e perfurocortantes (jamais podem ser reutilizados, devem ser descartados imediatamente). Todos estes devem estar identificados com o símbolo internacional de presença de radiação ionizante com a série de especificações estabelecidas pelo regulamento do CNEN.
O grupo D contempla os resíduos hospitalares que não apresentam riscos de nenhuma natureza para a saúde dos seres vivos e ao meio ambiente, da mesma forma que resíduos domiciliares. São alguns exemplos de lixos dessa classe: papel de uso sanitário, fraldas, restos de alimentos, de gessos oriundos do setor de assistência à saúde, etc.
Apesar de não ser tóxico, vale lembrar que, como qualquer lixo, deve ser armazenado de modo correto, seguindo a resolução da CONAMA nº 275/01, que especifica como os resíduos comuns devem ser separados - aqueles que serão reciclados, daqueles que serão descartados. A identificação é feita utilizando o código de cores: azul para papel/papelão; vermelho para plástico, verde para vidro, amarelo para metal, marrom para resíduos orgânicos.
O lixo que for segregado para reciclagem pode ser encaminhado para cooperativas, catadores, Postos de Entrega Voluntária (PEV'S) ou para o programa de coleta seletiva de recicláveis que o município disponibilize. Os demais lixos devem ser destinados aos aterros comuns.
Os materiais perfurocortantes ou escarificantes estão englobados neste grupo. Estes resíduos podem ou não acarretar risco potencial à saúde e ao meio ambiente, mas devem ser manuseados e descartados com determinados cuidados. Agulhas, ampolas de vidro, lâminas de barbear e bisturi, espátulas, entre outros objetos que entram em contato com fluidos corporais, sangue e pele contaminados, além de substâncias químicas e radioativas. Ao jogar estes itens no lixo, é preciso fazer o acondicionamento de modo responsável a fim de que ninguém se corte, incluindo os garis e catadores, vítimas de ferimentos com instrumentos como estes (como falamos acima).
Estes resíduos devem ser submetidos a esterilização por meio de autoclaves automatizadas. Nelas, esses resíduos são submetidos ao vapor sob alta pressão e alta temperatura (média de 135 C°), e têm os microrganismos eliminados, sendo transformados em resíduos comuns sem risco à saúde.
As definições têm muitos detalhes e regras específicas e podem ser descobertas em cursos EAD como o nosso sobre descartes de resíduos em laboratórios. Esta capacitação explica sobre os tipos de resíduos, suas consequências para o meio e a saúde, assim como as formas de descarte recomendadas pela legislação.
Além de descobrir em cursos a distância como é a classificação dos RSS e o melhor manejo e descarte deles para garantir a biossegurança em laboratório, é preciso conhecer mais sobre os tratamentos realizados com esse lixo. É de extrema importância saber como e por que é feita a descontaminação dos resíduos. Para você ter uma ideia, essa etapa pode ser feita de diversas maneiras:
É importante saber que, após passar por algum destes processos, o lixo hospitalar em questão deverá ser encaminhado um aterro sanitário com licenciamento ambiental. As cidades que não contarem com esse serviço, devem verificar a possibilidade de implementação de valas sépticas, que são revestidas por uma manta plástica impermeável, evitando a contaminação generalizada.
Além de profissionais que trabalham em hospitais, laboratórios e clínicas, a população em geral pode aprender sobre descarte de resíduos de laboratório, pois há materiais utilizados por todo mundo que podem oferecer riscos e não podem ser jogados no lixo comum. Conheça abaixo os principais itens que usamos, cujo descarte a céu aberto e em lixo comum é proibido no Brasil:
Esse tema é muito amplo e seu conhecimento total é de extrema importância para quem trabalha no setor de saúde, sendo de grande valia também para quaisquer pessoas. Saber mais como é feita a classificação do lixo, as leis que regem esse tipo de descarte, e outros assuntos através de cursos online com certificado, pode ajudar você a ser um profissional mais qualificado e a conseguir o cargo que está almejando, além de exercer sua função com muito mais responsabilidade.
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