A dependência química é um dos maiores dramas da sociedade moderna, sendo considerada problema de saúde pública. Em meio a tantas polêmicas e especulações sobre o tratamento para dependentes químicos, há duas vertentes da psicologia ganhando espaço e valorização.
Estamos falando da terapia familiar e da terapia cognitiva comportamental, mais conhecida como TCC. Essas modalidades são as mais utilizadas atualmente como recurso adicional para atender dependentes químicos de todos os níveis.
Apesar de ser uma pauta muito presente na televisão, no rádio e nas mídias digitais, ainda há muito o que se conhecer a respeito. Por isso resolvemos esclarecer alguns tópicos presentes em cursos online aqui do portal bastante procurados e que precisam ser elucidados urgentemente. Acompanhe!
Antes de mais nada é preciso esclarecer o que é terapia cognitiva comportamental e como ela funciona na prática. Fundada por Aaron Beck nos anos 60, a TCC é uma abordagem da psicoterapia que combina conceitos do Behaviorismo radical com teorias cognitivas.
Esse campo de estudo propõe que os problemas que cada pessoa tem podem ser nocivos dependendo da interpretação. Ou seja, aquela situação poderá causar tristeza, mágoa, dor, insatisfação, transtornos mentais, traumas, fobias, mas só se o indivíduo estiver predisposto a isso.
Nesse sentido, entende-se que as pessoas podem se tornar as donas de suas próprias escolhas e sensações, e a terapia cognitiva comportamental está aí para ajudá-las a decobrir como fazer isso.
A TCC pode auxiliar pessoas que estão passando por dificuldades diversas, desde uma fobia a algum animal, por exemplo, até uma depressão profunda. Além disso, podemos citar o benefício da aplicação da terapia cognitiva comportamental no tratamento da dependência química.
Nesse tratamento, o psicólogo especializado trabalhará normalmente seguindo as 7 fases do modelo cognitivo, cada uma com determinadas intervenções. Selecionamos algumas delas para você entender como ocorre o processo.
Estímulos de alto risco: o tratamento engloba incentivar a pessoa a ficar longe de estímulos internos, como memórias e estados psicológicos ligados ao uso da droga, e externos, como pessoas, lugares e objetos que lembrem a rotina de dependência.
Crenças ativadas: dependentes químicos têm predisposição para ter três tipos de crenças. A primeira é a antecipatória, na qual eles imaginam que a droga dará prazer e/ou recompensa; a segunda é a de alívio, que caracteriza o pensamento de que a droga acabará com sofrimentos; e a terceira é a facilitadora, daqueles que acreditam que usar drogas é algo aceitável.
Fissura: durante a TCC os pacientes são orientados a conhecer suas fissuras (conjunto de desejos incontroláveis de usar drogas) e por em prática as técnicas cognitivas e comportamentais para o enfrentamento das mesmas.
Concomitantemente à terapia cognitiva comportamental, o dependente químico pode ingressar na terapia familiar. Há inúmeros estudos indicando que as drogas não afetam somente os usuários, de fato. Todo o núcleo familiar é atingido de modo negativo - as relações entram em um processo de deterioração conforme for o nível de dependência.
Por conta disso, a terapia familiar é altamente recomendada para aliar ao tradicional tratamento para dependentes químicos. Nela, tanto o usuário de drogas quanto seus familares recebem apoio psicológico, entendendo o que é o vício, como ele ocorreu, quais as circunstâncias que o influenciaram, e também assumindo a condição existente.
Quem pode fazer terapia familiar? Não há contraindicações para a terapia familiar. Ela pode ser uma ferramenta importante para descobrir problemas conjugais e familiares de todos os tipos, dos simples aos mais complexos. Portanto, pode ser excelente para auxiliar dependentes químicos e seus parentes de todas as idades, bem como para mediar outros problemas comuns a qualquer família.
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